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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Guerra e Paz - Eu, Portinari e o Municipal

Terça tive que ir no Centro da Cidade para resolver umas coisinhas. Estava perto demais do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (aberto ao público com os painéis de Portinari) para passar só do lado de fora.

Havia uma fila enorme. Acho que é padrão quando o Theatro se torna mais acessível, como os aniversários de Portas Abertas e os Domingos a R$1,00. Nem pensei duas vezes! "Vai ficar?", disse meu tio que caminhava comingo. "Claro!", respondi. Nem passou por minha cabeça desistir. Diante das filas que já peguei ali, aquela até que estava pequena, nem tinha chegado na rua do anexo ainda (embora já estivesse perto).

Não sabia direito como estavam procedendo. Achava que era só entrar, olhar e sair. Depois descobri que não era assim. Havia uma apresentação toda especial e por isso estavam entrando em grupos de umas 400 pessoas por vez, mais ou menos.

Só entrar no Theatro já é motivo suficiente para me emocionar. Não adianta! Tem algo naquele lugar que não sei explicar. AMO D+! Só que não para por aí...

A produção desta exposição está de parabéns! Conseguiram fazer mais que uma exposição. Eu diria que tornaram cada sessão um espetáculo. O público entra no Theatro e ocupa as poltornas da platéia (os outros setores não são utilizados), chega o mestre de cerimônias (muito simpático e educado) que faz a apresentação e anuncia a exibição de um documentário. Terminado o filme, tem início o que, para mim, foi a mais grata surpresa: começa uma projeção nos próprios painéis. Não vou entrar em detalhes para não estragar a surpresa de quem for até lá, mas posso dizer que assisti boquiaberta, de tão maravilhada que fiquei.

Aqui vai um vídeo com a apresentação completa (caso queiram estragar a surpresa ou realmente não possam ir). Está um pouco escuro, mas dá para ter uma noção:




Em seguida, o visitante pode subir ao palco do Theatro e se aproximar das pinturas, ver de perto e notar detalhes dos painéis, que não vem ao caso descrever aqui. Sugiro que visitem e vejam com seus próprios olhos! ;)



Esta passadinha pelo palco acaba por ser outro momento marcante para várias pessoas. Gera uma certa disputa entre Portinari e o Theatro visto por outro ângulo. As pessoas se viram para a platéia e, diante desta visão inédita para muitos, a expressão mais comum é: "Uau!". É realmente lindo! Eu já tive a oportunidade de contemplar o Theatro deste ângulo, mas foi a primeira vez depois da reforma. LINDO!

Ao fim, o público é convidado a seguir para o Restaurante Assírio, que também está sendo restaurado e cuja restauração pode ser observada ao passar. Uma visita e tanto! A saída é pelo Boulevard que foi feito após a restauração da casa.


Para terminar deixo vocês com este vídeo que encontrei, com imagens da exposição e do Theatro. Achei de uma delicadeza enorme. (Aviso: tem imagens da projeção)



É sério, gente! Visitem! Não vão se arrepender!!

OBS: Quase esqueci... Ponto para os funcionários e seguranças! Estão mais educados e gentis. Não que fossem grossos, mas antigamente eram mais sérios e secos. Desta vez foram mais delicados, simpáticos e amáveis. Espero que continuem assim!!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz e Santo Natal para todos!!

Pensei em escrever um texto, mas tem uma poesia, na verdade uma canção que pode refletir um pouco do sentido do Natal. Se mais pessoas prestassem atenção no que diz esta música o mundo poderia ser bem melhor. Aproveitem para refletir sobre suas as atitudes e valores. Se for o caso, mudem! Estamos em uma época ótima para isso!!

Desejo um santo e abençoado NATAL para todos!!!!

Utopia

Composição: Pe. Zezinho

Das muitas coisas
Do meu tempo de criança
Guardo vivo na lembrança
O aconchego de meu lar

No fim da tarde
Quando tudo se aquietava
A família se ajuntava
Lá no alpendre a conversar

Meus pais não tinham
Nem escola e nem dinheiro
Todo dia o ano inteiro
Trabalhavam sem parar

Faltava tudo
Mas a gente nem ligava
O importante não faltava
Seu sorriso, seu olhar

Eu tantas vezes
Vi meu pai chegar cansado
Mas aquilo era sagrado
Um por um ele afagava

E perguntava
Quem fizera estrepolia
E mamãe nos defendia
E tudo aos poucos se ajeitava

O sol se punha
A viola alguém trazia
Todo mundo então pedia
Ver papai cantar pra gente

Desafinado
Meio rouco e voz cansada
Ele cantava mil toadas
Seu olhar no sol poente

Correu o tempo
E eu vejo a maravilha
De se ter uma família
Enquanto muitos não a tem

Agora falam
Do desquite ou do divórcio
O amor virou consórcio
Compromisso de ninguém

Há tantos filhos
Que bem mais do que um palácio
Gostariam de um abraço
E do carinho entre seus pais

Se os pais amassem
O divórcio não viria
Chame a isso de utopia
Eu a isso chamo paz.



Neste vídeo tem uma introdução muito boa sobre relacionamento famíliar e TV, depois vem a música.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Aventuras em mundos de fantasias

Antes de qualquer coisa vou avisar. O post é sobre filmes, mas não contem spoiler.

Vamos a ele...

Minhas aulas acabaram e eu decidi que precisava começar essas férias me permitindo momentos de diversão dos quais muitas vezes me privei. Volta e meia deixava de ver um filme que eu gostava só porque não conseguia ninguém para ir comigo. Gosto muito de ir ao cinema acompanhada, se for em grupo melhor ainda, mas tem sido cada dia mais difícil acertar gostos e agendas. A gente cresce, começa a trabalhar e fica tão complicado fazer alguma coisa que não seja casa-trabalho-casa durante a semana. Além disso, ainda tem o povo que num gosta dos filmes que a gente quer ver. Aí complica mais!

Essa volta toda foi só para dizer que enfiei na cabeça que ia ver os filmes que queria e fui! Ninguém queria/podia ir comigo... Fui sozinha mesmo! E valeu muito ter ido! Adorei os filmes!

Primeiro vi HP7 - Herry Potter e as Relíquias da Morte (parte 1)



Não sei se minha opinião conta muito. Ainda não consegui ler nenhum dos livros, mas vi todos os filmes. Este último foi o único que vi no cinema. Achei muito bom! É legal ver os atores crescidos, a história se desenvolvendo, os conflitos, as cenas incríveis, nos lugares incríveis e tudo mais. Muita magia e muitos efeitos especiais. Dá para se sentir um pouco dentro daquele universo todo. Por algumas horas estive com os pesonagens viajando por lugares diferentes, vendo paisagens fabulosas e convivendo com coisas que, para nós, seriam absurdas, mas em um mundo de magia são as mais comuns. E eu me amarro nisso!! =)

Para deixar um gostinho, caso algum dos meus 2 ou 3 leitores ainda não tenha visto o filme, aqui vai um vídeo com o trailer das duas partes...


E aqui o trailer da parte 1, que é a que eu vi...


O único problema que tive foi uma turminha de adolescentes na minha frente que não parava de tagarelar o filme todo. Falta de educação é dose.


Já a outra grande aventura foi As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada

Este eu vi em 3D! Maravilhoso! Também já tinha visto os outros filmes ("O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa" e "O Príncipe Caspian"). Neste caso foi um pouco diferente porque estou lendo os livros. Tudo bem que não cheguei no "Peregrino da Alvorada" ainda. Estou no livro que deu origem ao primeiro filme, mas vale lembrar que não se trata do primeiro da série. Há outro antes, no qual tudo começa e muita coisa passa a fazer mais sentido. Ler o comecinho foi bom para saber como Nárnia surgiu, e qual a relação original entre o Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa. Já gostava dos filmes e estou curtindo ainda mais os livros. Eles ajudam a enxergar outras coisas que tinham passado batidas e venho percebendo o quanto podemos encontrar de teologia nessa história fantástica. Isso mesmo! Teologia! Não vou entrar em detalhes para não deixar este post virar spoiler, mas além de toda a magia e encantamento é possível encontrar bastante coisa relacionada à fé e à teologia cristã. Coisas que eu só reparei neste último filme, até porque, em certo momento ficam muito óbvias.

Independente disso, o que me encanta e continua a encantar é a magia. Amo filmes de viagens para outros mundos!!! Gosto de sonhar com esses lugares mágicos, onde tudo é possível, onde animais podem falar, onde crianças sabem lutar com espadas e o encantamento está por toda parte. Sou uma mente sonhadora, não há como negar. E Nárnia é uma terra fantástica, na qual a luta pelo bem conta com a ajuda de quatro crianças, cada uma com suas características complementam-se para juntas defenderem esse lugar especial. Neste último temos apenas dois dos irmãos em Nárnia. Os mais velhos cresceram e a terra mágica já não é mais o lugar deles, embora continuem guardando o lugar na lembrança e no coração. Os mais novos chegam em Nárnia para salvá-la de um grande mal oculto e a pureza dos corações vai ser testada a todo momento. Vejam o trailer desta nova aventura...



Algumas coisas interessantes:

- Descobri, pesquisando para este post que As Crônicas de Nárnia e seu autor inspiraram vários outros autores importantes, até mesmo J.K ROWLING, a escritora de Harry Potter (segundo o blog Conexão Leitura). Não é uma coincidência interessante eu ter visto, quase seguidos,  justamente esses dois filmes que estou comentando aqui?

- Nárnia, de alguma forma, me faz lembrar de um clássico da minha infância pelo qual sempre fui apaixonada: A História Sem Fim. Muitos anos depois descobri que também se tratava de um livro que foi adaptado para filme. Comecei a ler, mas era em .pdf e acabei parando (livros físicos são mais adequados para ler no ônibus, por exemplo. rs). Caso não conheçam sugiro uma olhadinha no trailer do primeiro (também teve continuações no cinema, embora acredito que elas não existam em livros)...


Não sou nenhuma especialista em filmes, só queria partilhar com meus 2 ou 3 leitores um pouco das emoções que senti ultimamente na sala escura (mesmo sozinha - rs). Para completar (por enquanto) minha lista de filmes a assistir falta apenas... A Rede Social (o filme do Facebook). E assim que assistir, voltarei aqui para comentar também.

domingo, 28 de novembro de 2010

Natal chegando

Hoje é o primeiro domingo do Advento. Para os católicos começa agora um tempo de preparação para o grande dia em que comemora-se o nascimento do Menino Jesus. Esse tempo dura 4 semanas e termina com a chegada do Natal.

Como passei esse final de semana em Niterói, acabei assistindo a missa de hoje aqui na N. Sra. das Dores, no Ingá. Curioso! Acho que também passei o 1ª domingo do Advento aqui no ano passado, porque o padre falou quase as mesmas coisas na homilia. Como não estou sempre aqui, acaba marcando mais e lembro bem das sábias palavras dele. Claro que a temática do tempo liturgico favorece. Ele usou os mesmos exemplos e ainda que me parecesse um tanto repetido, isso não fez com que fosse menos relevante. Tudo muito pertinente, tudo que muita gente precisa ser lembrada. NATAL é uma ocasião muito importante e, da mesma forma que nos preparamos para receber uma visita importante, ou para fazer algo que seja importante para nós, mais ainda devemos nos preparar para a chegada do Natal. Preparar a casa? Sim, tudo bem. Mas acima de tudo, preparar o coração para receber o Menino Jesus que vai chegar. Limpar cada cantinho do coração, tirar tudo de ruim, toda a sujeira, que pode haver dentro dele. Porque para o Menino Jesus poder habitar em nosso coração precisamos dele aberto, limpo e cheio de amor.

Muita gente teima em esquecer quem é o verdadeiro dono da festa, o aniversariante, o real motivo desse dia existir. Para aqueles que não são cristãos, tudo bem! Fica o espírito de paz, de fraternidade, amor... Não faz sentido exigir de quem não compartilha da mesma crença que tenham a mesma visão. Para as crianças, sejam cristãs ou não, quem costuma ganhar projeção é o bom velhinho, o problema é quando esse senhor barbudo de roupa vermelha ganha mais atenção de muitos cristãos do que o Menino Deus. Por isso quero partilhar com meus poucos leitores uma imagem que achei na web quando pesquisava ilustrações para este post. Acho perfeita para ensinarmos aos nosso pequeninos quem é a figura realmente importante do Natal (além de ser uma gracinha =P). Vejam abaixo:


E para encerrar, que esse post já está grande demais, convido vocês para uma reflexão: já pararam para pensar na imensidão do amor que devia existir na família de Nazaré? Às vezes me pego pensando em como deve ter sido aquela noite. Chego a quase sentir um pouco do amor que devia reinar naquele local. Maria e José devem ter sentido algo inexplicável quando tomaram nos braços aquele bebêzinho tão pequenino e frágil, que estava sob os cuidados deles. Se o amor de mãe e de pai já é uma coisa que alarga o coração, que preenche todos os espaços, imagino quando o filho em questão é nada mais, nada menos que o próprio Cristo Jesus. Olho para figuras como esta e fico me imaginando lá, vendo essa cena ao vivo.


Espero que todos vocês possam preparar bem os corações para o Natal e viver esse tempo tão especial com amor, paz, respeito pelo outros, fé e esperança em um mundo melhor.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

3ª Feira Cultural de Saquarema

Lamentei não ter levado a máquina. Durante os dias 13 e 14 de novembro aconteceu um evento cultural em Saquarema que, confesso, não me inspirava grande empolgação. Ok! Quebrei a cara. Não vou dizer que foi perfeito ou algo assim, mas justiça seja feita, esta 3ª edição superou minhas expectativas e demonstrou que estão trabalhando para trilhar o caminho certo.

No meu ponto de vista, ainda precisam melhorar muito, fazer do evento mais que uma vitrine, um espaço de troca e reflexão. Coisas que vejo surgirem com o tempo e que podem vir a acontecer num futuro.

Infelizmente não pude acompanhar tudinho, tudinho, mas gostei do que vi. Muitas pessoas envolvidas, exposições, apresentações de música, dança, poesia. Senti falta do teatro (nos momentos que estive presente não vi uma apresentação sequer).

Foi muito bom ver os colégios envolvidos e é melhor ainda saber que para se apresentarem foi preciso, certamente, preparar tudo, pensar e viver cultura e arte durante uma boa parte do ano. Outra coisa boa foi ver as pessoas participarem de tudo, assistirem, interagirem. O espaço quase nunca esteve vazio e o público não ficava apético, embora demonstrasse uma certa timidez de vez em quando.

Uma das coisas que mais me encantou foi o Projeto Primeiro Passo. Como eu ainda não conhecia esse projeto? Foram várias apresentações de dança, com turminhas que iam desde pequerruchos fofos até bailarinas com sapatilhas de ponta. E c/ que alegria aquela molecada bailava! Não tinham figurinos (apenas a camiseta do projeto) e isso não importava. Importante mesmo era executar os passinhos. Pezinhos que aprenderam a caminhar nem faz tanto tempo, já se arriscavam a saltinhos e pontinhas do pé. LINDO mesmo!

Notei uma ou outra menina com o porte de bailarina profissional e temo pelo futuro delas. Dá uma dor no coração pensar que talentos assim podem ficar perdidos aqui sem chances de desenvolvimento, sem poderem ganhar o mundo. Vi também um menino que é um artista completo. Não consigo lembrar o nome dele, mas o garoto deu show no ballet clássico, dançou axé e ainda tirou onda cantando (que voz!) e interpretando diante da platéia e dos amigos que curtiam e brincavam com ele.

Mas nem tudo são flores e, como disse, ainda precisam melhorar em vários aspectos. Para a produção cultural e artística de Saquarema crescer, a população precisa ter mais contato com outras produções e outras manifestações artísticas. Senão, cada feira vai ser mais do mesmo. Não estou menosprezando a capacidade criativa das pessoas, mas, para criar coisas novas, é saudável ter contato com... coisas novas (rs). Por isso eu acredito que seria legal ter outros artistas e outras apresentações além das locais. Sei lá! Chamar um grupo de dança ou um coral de fora para interagir com a prata da casa, dar aos meninos a oportunidade de estar perto de profissionais que eles admirem e ao público a chance de fruir coisas diferentes.

Minha implicância maior ainda é com o deslie de "roupas recicladas" e o concurso Garoto e Garota Estudantil. Assim, eu sei e Priscila Ramos (do Canto Cult e do Moda Clipe) não me deixa esquecer, que MODA também é CULTURA, mas ainda me questiono sobre a relevância cultural desse desfile. Compreendo o trabalho que é projetar e fazer roupas com sacos, plásticos, garrafas pet, anéis de lata e tudo mais, não quero desmerecer as pessoas que batalharam tanto nisso, mas repito que me questiono sobre a relevância cultural e a justificativa para esse tipo de ação. Tantas outras coisas poderiam ser feitas no lugar desse concurso/desfile.

E para encerrar as críticas vamos ao vocabulário. Genteeee, se a idéia é melhorar a educação e a cultura da cidade como podem chegar no palco e sair comendo "S" nos plurais, escorregar nas concordâncias e mergulhar num gerundismo irritante. Sério! Chegou uma hora que eu estava quase tendo um treco! "Nós vamos estar apresentando", "Vocês podem estar se organizando", "Eles vão estar fazendo" e por aí vai. NÃO! Isso é o tipo de coisa que a gente NÃO deve falar. Muito menos tantas vezes seguidas. Assim como estou até agora irritada com a expressão "Cultura Carnavalesca". Outra coisa que me causou um estranhamento terrível. Assim, me corrijam se eu estiver errada... O carnaval é uma data festiva que faz parte do nosso calendário e se tornou uma expressão cultural. Carnaval enquanto cultura, ok! Cultura Carnavalesca? Hummm, talvez seja só implicancia minha, mas ainda soa estranho. Para vocês não?

O importante é que a Feira Cultural rolou e espero que outras atividades do tipo continuem acontecendo por aqui cada vez mais e com complexidade cada vez maior. Espero, de verdade, que não pare po aí. Que durante o ano de 2011 muitas atividades sejam realizadas e que não se resumam a micaretas e festas do tipo.

Vida longa para a CULTURA em Saquarema.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A semana mais tensa e mais intensa

Chegou a hora de vir aqui partilhar um pouco do que vivi na última semana. É tanta coisa que nem sei direito por onde começar... Vamos ver se consigo sem me alongar muito.

Segunda-feira (25/10), com a prova da Seleção do Mestrado no PPGCOM da UFF, teve início essa semana tensa como só. Mal pude dormir naquele dia. Acordei cerca de meia hora antes do programado. Era a prova mais importante da minha vida até então. E assim que terminei, começou a tensão da espera pelo resultado.

No dia seguinte, lá estavam as notas. E, junto com elas, uma grande alegria porque eu continuava na seleção. Próxima etapa: Entrevistas. Mais nervosismo. Se fazer uma prova já era tenso, entrevistas então, nem se fala. Foram dois dias com um frio na barriga que não passava de jeito nenhum. Enfim, depois de todos, chegou a minha vez. Entrei nervosa como só, mas saí viva de lá (rs). Agora, mais uma espera.

Quando saiu o resultado final quase não conseguia acreditar. Parecia um sonho lindo do qual eu não queria acordar nunca. Contei para meus pais, que ficaram tão felizes que não tenho como descrever. Comecei a contar para os amigos que tanto acompanharam cada passo, e as reações deles foram alegrias tão grandes quanto o resultado que eu tinha acabado de conquistar. Recebi tanto carinho de pessoas tão queridas que nem sei como retribuir, se é que é possível essa retribuição.

Nesse meio tempo (desde quando as notas dos projetos foram divulgadas) eu pedia aos amigos para torcerem e rezarem por mim. Acho que mobilizei uma pequena, porém fiel, legião. Todos me dando força, me dizendo para ficar calma, me ajudando a acreditar em mim. Palavras carinhosas, abraços, olhares de confiança... que me acalmaram, ajudaram a extravasar o nervosismo quando preciso, agiram com paciência diante do meu estress e compreensão com a minha dificuldade de pensar em qualquer outra coisa que não fosse esse processo seletivo... Tive contato com todas essas manifestações de carinho e amizade que nunca esquecerei.

Por isso, resolvi usar este cantinho que é só meu para agradecer, do fundo do coração, pelas mensagens de Parabéns que recebi. Pelos "huhullllssss", os "Aêêêêêêssss", os "Ebaaaaaaaassss" e todas as outras expressões de festa e alegria por uma conquista tão desejada e tão árdua.

Mega brigadão pessoal!!! Saibam que estou absurdamente feliz. Que era o que eu mais queria. E que teria sido muito mais difícil sem o apoio de vocês.

Duas formas de felicitação me tocaram de forma especial. E vieram de um grupo de pessoas muito querido e específico. Caso leiam, eles saberão que falo deles. Foram as frases no estilo: "Muito orgulho de você!" e "Você merecia!". Depois de tanto esforço e de, por vezes, não acreditar que era possível, ouvir e/ou ler frases como essas me fizeram ainda mais feliz. Vocês foram fundamentais em todo o processo e continuarão sempre sendo fundamentais em toda a minha vida!!!

Por fim, claro que não poderia faltar o agradecimento mais importante... Àquele que me acompanhou no mais íntimo, que me ouviu e por tantas vezes acalmou meu coração aflito das mais diversas formas: Deus. Obrigada por ter me sustentado e por ter colocado tantas pessoas queridas no meu caminho!! =)

PS: Sinto que nas últimas duas semanas eu cresci como pessoa e amadureci o equivalente a alguns anos. E, sabem? Isso é bom!

domingo, 19 de setembro de 2010

Decisões musicais

Enfim, abandonei a preguiça, resolvi colocar os dedinhos para trabalhar e aqui estou. hehe

É que desde sexta tenho umas idéias para partilhar com vocês e não estava com ânimo para vir digitar. Mas chegou o momento e aqui estou eu.

Sexta-feira foi um dia diferente, cansativo e, no fim das contas, muito válido. Depois de fazer uma importante inscrição, fui para o Centro do Rio (Ah! O Centro! Sempre o Centro. rs). Precisava procurar uma peça para material lá do trabalho e, por conta disso, entrei em váááárias lojas de equipamentos de som (Quase uma missão impossível, porque aquele negócio não é vendido em lugar nenhum). Bem... depois de visitar milhões de lojas, meu saldo foi... 2. Sim! Apenas duas tinham a tal da peça.

Visitar tantas lojas desse tipo foi algo que mexeu muito comigo... Equipamentos de som, instrumentos musicais, música, música, música... Uma paixão de longa data que sempre fica guardada em um canto do meu coração, quietinha lá, esperando que eu dê a ela espaço para se desenvolver. E eu? Bem, eu sempre freio, adio, escondo. Mas sabem quando chega aquele dia que você resolve tomar decisões do tipo "mudança de vida"? Eu estava assim. Pensei em um monte de coisas que quero, preciso e vou mudar na minha vida. Me decidi pela felicidade, por me deixar ser mais livre, mais feliz... e para isso preciso mudar algumas coisas que vou tratar de resolver o quanto antes.

Uma delas eu já começei a resolver na sexta-feira mesmo. Fiz uma compra que venho adiando há mais de 10 anos. Já planejei, desisti, planejei de novo, abandonei... Só que agora decidi de vez! Comprei uma estante para meu teclado. Bobeira, né? Coisinha mais banal, não? Pode parecer. Mas, para mim, significa muito.

Teve uma época na minha vida (lá pelos 13 ou 14 anos, acho) que eu era doida por piano e teclado, queria muito ter um e aprender a tocar. Um dia, no meu anivarsário, acordei com um pacote, quase do meu tamanho, ao meu lado na cama. Era um teclado Cassio de 4 oitavas que meu pai me dava de presente. Imaginam a minha alegria. Nossa! Como eu sonhava com aquilo. Achava que era só abrir e meus dedos saberiam o que fazer. É!... Não souberam! rs

A partir daí foram dias e dias com revista de banca de jornal, teclas adesivadas, notas decoradas na cabeça (para não ter que olhar para o papel porque tinha que olhar para as teclas), tentando, e por vezes conseguindo, fazer alguma melodia sair (ao menos com a mão direita. Porque a esquerda, coitada... sempre dava nó - rs). Era assim e sempre com o teclado em cima de uma mesa, voltando para a caixa em seguida. Dava um trabaaaalho!

Muitos anos depois, resolvi fazer um curso livre de teclado na Biblioteca Estadual, lá no Centro (olha ele aí novamente), perto do campo de Sant'anna. Logo na primeira aula, deixei claro para a professora: "Minha mão esquerda não funciona! Não dá! Não consigo! Só toco com uma mão." Ela, sem entender nada: "Mas você tem algum problema? Algum tipo de deficiência? Sua mão parece normal." Ao que eu respondi: "Ela é normal. Sáo não consegue ir para um lado quando a direita vai para o outro". A professora riu e me garantiu que, com o tempo, isso seria resolvido e eu veria como elas conseguiriam se entender.

Assim comecei minhas aulas. E até que me saía bem. Todos os dias eram pelo menos 2 horas em casa. As teclas do meu teclado se livraram dos adesivos e eu não precisava mais decorar as notas porque minhas mãos aprenderam onde ficavam as teclas e meu olhos podiam ficar atentos à partitura.

Sim! Eu aprendi a ler partitura! Apesar de ter sonhado com a parte prática do curso enquanto fazia exercícios de teoria musical, achava o máximo conseguir entender aquelas linhas com os símbolos que antes não significavam nada para mim.

Durante esse tempo, meu tecladinho não voltou mais para a caixa, mas também não tinha um lugar adequado. Sua "estante" era minha escrivaninha e eu voltei a prometer um cantinho para ele, sem nunca cumprir com a promessa.

Chegou o fim do ano e eu toquei "Noite Feliz", com as duas mãos, no recital do curso. Aconteceu depois de alguns problemas que quase me fizeram desistir de tocar (mal tinha entrado direito no mundo da música e a sensibilidade de artista já tinha me dominado. Foi no melhor estilo "crise de artista" mesmo, com direito a lágrimas e tudo. Pura pressão psicológica somada à falta de autoconfiança. Mas vamos deixar isso para lá). Em seguida tive que abandonar o curso por conta dos estudos, que estavam exigindo muito de mim. O pobre tecladinho voltou para a caixa e de lá só saía quando a saudade apertava muito. Geralmente no Natal. Até que... nem no Natal saía mais.

Pois bem... Depois de muitos anos, resolvi que vou libertar novamente meu amigo e voltarei a encontrar com ele. Sei que minhas mãos vão levar um tempo para lembrar as posições das teclas, os caminhos das melodias e o andamento de cada música. Sei que minha mão esquerda novamente vai me dar um trabalhão para seguir caminho diferente do que direita seguir. Mas estou disposta a tentar. Quero voltar a sentir a melodia atravessar minha alma. Quero deixar meus ouvidos encontrarem as notas e a harmonia de cada música. Quero fazer a música na minha vida transcender de seu atual estágio acadêmico para o prático. Quero continuar estudando música pelo viés da teoria crítica da academia, mas também quero estudar as notas, os compassos, os ritmos, andamentos e tudo mais.

O tecladinho de 4 oitavas pode até dar lugar a um de 5 oitavas em breve. Tudo depende de mim. Do quanto vou me dedicar, de como vou conduzir essa decisão na minha vida. Se eu conseguir, de fato, caminhar com este propósito, posso até procurar um novo curso e avançar ainda mais. Agora não tenho como garantir nada, mas prometo que separarei alguns posts aqui para contar como andam as musicalidades.





Agora que já sabem um pouco dessa história...
Conto com a torcida de vocês!!! ;)

domingo, 29 de agosto de 2010

90 anos de pessoa importante merece um post

Gente, meu Vô completou 90 anos essa semana. Mais precisamente dia 26. Pode parecer besteira fazer tanto barulho, afinal são só 89 + , ou 91 - 1, não importa! Fato é que mais 10 fica 100. E eu me pego pensando... "Meu Vô tem quase um século e se em 10 anos o mundo muda de uma forma absurda. Imaginem em 100. Penso na quantidade de coisas que ele viu surgir. Coisas que ele nem entende, mas viveu os tempos de sua criação. E as coisas que ele viu sumir. Nossa! Tantas que nem ele deve lembrar mais. A sociedade mudou, o jeito que as pessoas pensam mudou, a forma como agem, as relações umas com as outras. Foram muitas transformações nesses 90 anos.

E se pensarmos na vida dele... Um menino que nasceu numa aldeia lá em Portugal, veio tentar a sorte no Brasil deixando esposa e filhos lá para mandar trazer depois, passou necessidade, trabalhou muito e conseguiu melhorar aos poucos até ter condições de viver sem grandes apertos. Um pai severo, mas que sempre amou os filhos, do jeitão dele. Viu seus filhos crescerem, casarem e os netos chegarem. Tornou-se um Vô babão (hehe). Completamente apaixonado pelos pequeninos que conseguiam dele coisas que ninguém imaginava (Minha mãe conta que eu brinquei de cavalinho com ele. Ela quase não acreditou quando o viu no chão com a netinha (eu) montada em suas costas). Ele soube (e sabe) com todas as qualidades e defeitos de um ser humano como tantos outros fazer da sua vida uma bela passagem pelo mundo.

A partida da minha Vó, esposa, companheira e amada, foi uma fase muito dura e até hoje quando a lembrança bate forte, traz lágrimas ao olhar. Normal! Não somos feitos de pedra, nem ele. Mas mesmo com todas as turronices típicas dos casais daquela época, sei que eles se amaram (e muito!). Passado o período mais difícil e com o apoio da família ele seguiu enfrente e alcançou essa linda idade que comemoramos hoje.

90 anos! Ai como quero chegar até lá! Com saúde e lucidez. Sim! Porque meu Vô é lucido. Turrão e lúcido (rs). Volta e meia a gente diverge em opiniões. E só uma pessoa lúcida é capaz de formular argumentos para debates como os que temos. hehe

Que Deus abençoe cada segundo da vida dele! E que Ele nos conceda a graça de ter a alegria de celebrar em grande estilo o centenário do Sr. Abel.

Sei que dificilmente ele vai ler isso aqui (é lúcido, mas não conectado. hehe), mas quando o amor é grande tem que ser expandido, divulgado, partilhado... Então...

EU AMO O MEU VÔ ABEL DE MONTÃO!!!! =D


sábado, 21 de agosto de 2010

Encontro dos Círios

Vigília na Paróquia N. Sra. de Nazareth - Saquarema

Visita da Imagem de N. Sra. de Nazaré vinda de Belém do Pará


São 00:52, estamos aqui na Matriz, em vigília (Sim, estou mesmo escrevendo de dentro da Matriz. É a tecnologia a favor da fé!). A nossa frente: Jesus Sacramentado e duas lindas imagens de sua Mãe: a nossa (que vemos todas as vezes quando entramos na Matriz) e a pequenina imagem peregrina vinda diretamente de Belém do Pará (aquela do tão conhecido Círio de Nazaré).

O que a gente espera em uma situação como essa? Pessoas cansadas, com sono... já é bem tarde e esse quadro parece muito natural, mas não é isso que encontramos aqui. Temos, na verdade, idosos, adultos, jovens e até mesmo crianças reunidos para uma noite de Vigília e oração. É lindo de se ver! Não posso dizer que a Matriz está cheia, mas as pessoas que aqui estão (e não são poucas como eu imaginava) vieram decidias a entregar esta noite a Deus, em orações, canções, louvores, enfim... vieram entregar um pouquinho de suas vidas, dificuldades, cansaço, sonhos...

Quando eu cheguei a imagem já estava aqui e a missa já tinha começado. A igreja estava cheia. Todos queriam ver a pequenina imagem. Que amor é esse que ela desperta? É um carinho tão grande! Acho que acima de tudo é uma enorme gratidão que os fiéis querem expressar por tudo que sentem vir das mãos maternas de Maria, o cuidado, o carinho, a ternura, coisas de mãe, né?! As pessoas se sentem amadas por Nossa Senhora e querem retribuir através da pequena imagem. Não há cena mais linda que a expressão de fé de um povo que sofre, mas não deixa de amar. É isso que vejo em ocasiões como hoje. Essas cenas fazem meu coração arder.

Algo que está me alegrando muito é a presença da nossa juventude. É a segunda vez que nos reunimos para passar uma noite diante de Jesus. Tudo bem que a gente conversa, brinca e se diverte também. Mas quem disse que uma Vigília tem que ser chata e monótona? Não! Somos jovens e na nossa juventude caminhamos com Jesus do nosso jeito jovem. Tenho certeza que Ele se alegra conosco!


E a vista aqui de cima, gente? A cidade vista daqui durante a madrugada é ainda mais bonita. Há um silêncio, a gente vê a neblina sobre o mar, a lagoa e a cidade. É lindo demais! Colocarei masis fotos em um próximo post para que vocês possam ver.

Bem, por enquanto, vou ficando por aqui. Mas se der vontade escrevo mais um post. =)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Cultura e Política

Hoje recebi pelo Twitter um link para o site Cultura e Mercado, do Leonardo Brant, velho conhecido dos tempos de ProCult UFF que continua permeando a minha vida acadêmica de vez em quando. O título do post era Cultura nas Eleições e tratava rapidamente sobre o que os candidatos à Presidência da República defendem no que diz respeito à cultura.

Mais tarde vi no Jornal Nacional uma entrevista que eles estão fazendo com os candidatos. E a bola da vez hoje foi Marina Silva. Logo no começo ela falava sobre o meio ambiente permear todas as outras esferas e me peguei pensando que, para mim, quem permeia todas as esferas é a Cultura.

Sem querer puxar a brasa para a minha sardinha, mas já puxando (rs), seja a cultura com "C" maiúsculo ou minúsculo (e quem já fez Comunicação e Cultura Popular com Ana Enne sabe do que estou falando) é por ela que passam todos os outros aspectos sociais que vão determinar nossas práticas, nossas idéias, nosso viver.

Sabem o que mais impressiona? Ninguém dá o devido valor para esta categoria tão importante. A educação está atrelada à cultura, a saúde também depende da cultura, os cuidados com o meio ambiente (de que a candidata tanto falou) também dependem dos hábitos culturais, a corrupção ou não está relacionada à valores morais que são transmitidos culturalmente, economia é cultural, problemas sociais também encontram interseção com a cultura, esporte tem sua ligação com a cultura também e se eu continuar não terminarei mais.

Apesar disso tudo, sempre que se fala em cultura durante as campanhas, só se fala em mecanismos de financiamento. Claro que as atividades artístico-culturais precisam de fomento, mas a cultura vai além dos projetos culturais que elaboramos e realizamos. A cultura é a "vida" da sociedade e é a partir dela que definimos os rumos que vamos tomar. Gostaria de ver os candidatos (e o futuro presidente do nosso país, que será um deles) se preocuparem mais com esse aspecto tão importante ao invés de apenas repetirem os mesmos jargões de sempre.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Quem não respeita seu patrimônio histórico não respeita nada

Revolta e desespero são os sentimentos que afloraram em mim quando soube através da Manoela, e seu blog Mistureba Geral, que pretendem destruir um dos poucos prédios históricos que ainda sobrevivem na cidade que tanto amo: Saquarema.



A antiga Prefeitura, exemplo do casario dos primórdios da vila de Saquarema, um dos objetos arquitetônicos característicos do centro da cidadezinha e atual Casa de Cultura, está com seus dias contados. Como assim? Vocês devem se perguntarda mesma forma que eu fiz. Segundo notícia do Jornal O Dia ("Moradores de Saquarema defendem Casa de Cultura"), os próprios moradores se organizaram para tentar impedir este crime. Sim! Porque a população tem uma capacidade de entender o valor de um "prédio velho", um lugar de cultura, um facho da sua própria memória. Coisa que muito governante não tem a capacidade de vivenciar porque estão ocupados com futilidades como "casa nova" às custas de destruição da própria memória.

A revolta que sinto é tão grande! Como profissional da cultura vejo nisso uma atitude absolutamente arbitrária e cruel. Destruir um prédio como este é limar a história de uma cidade, de uma população inteira que já vê sua história ser destruída a todo momento (pelo desmanche de suas tradições e práticas culturais). Mas acho que é isso mesmo que querem, acabando com a história conseguem destruir a memória das pessoas. E um povo sem passado vai se tornar um povo sem futuro, pois não tem bases sólidas para construir nada.

Graças a Deus algo será feito hoje (pelo menos é o que diz a matéria do jornal O Dia)! Se estivesse lá, participaria deste manifesto. Como não posso deixo aqui meu apoio aos moradores que tentarão (espero que não seja em vão) salvar a antiga Prefeitura e atual Casa de Cultura de Saquarema.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

PHN 2010 - 12 anos

Como descrever o Acampamento PHN 2010? Estou até agora procurando as palavras certas, mas confesso que ainda é muito difícil para mim. Foi um PHN diferente dos outros 3 que já vivi. Não foi o mais espiritualizado para mim, mas também não foi vazio de espiritualidade (Isso é impossível!!). Não sei dizer. Ele foi simplesmente diferente. Às vezes tenho a sensação de que o tempo não passava, voava. Rápido! Muito rápido!

Povo da coragem que fica acampado

Não assisti todas as palestras. Soube que foram muito boas. Ah! Falando nisso vale lembrar a temática do Acampamento: "E Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens." (Lc 2, 52). Citação para muitas reflexões, das mais obvias às mais inesperadas. Dunga e os outros pregadores levaram a garotada a perceber que é preciso crescer em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens, tarefa difícil, mas que tem tudo a ver com a juventude, tempo de crescimento, de ganhar responsabilidades e maturidade. Falou-se muito também em cuidado. Crescimento pessoal e espiritual vem acompanhado de responsabilidades e cuidado, conosco e com nossos irmãos. É importante aprendermos a cuidar uns dos outros.

Uma das coisas que mais chamou minha atenção foi a quantidade de pessoas. Eu NUNCA tinha visto tanta gente lá. Era uma multidão muito maior que nos outros anos que fui. Gente de todo tipo, de todo canto, com os sotaques mais diferentes... uma mistura daquelas. Lindo de ver! Na foto abaixo dá para ter uma noção da quantidade de gente:

  1ª Palestra - Domingo de Manhã

Soube que o público estimado foi de mais de 100 mil pessoas. É muita gente!! Só de Saquarema foram, pelo menos 5 ônibus, contando as duas paróquias: N. Sra. de Nazareth e Sto. Antônio. Eu me atrapalhei com datas, demorei a decidir se ia ou não e acabei indo com uma caravana do Rio mesmo. Fui com minha amiga Anna Carol (do trabalho) e suas amigas (só gente legal!!). Viagem de papo e diversão. Dormir? Nãããão!!! Chegamos na madrugada de sexta para sábado e perdemos os shows de Eugênio Jorge e Dalvimar Galo. Uma pena! Soube que foram muito bons! Mas o que importa é que chegamos e aproveitamos muito.

Encontrar o pessoal de Saquarema foi a tarefa mais fácil que já tive. A pousada já é minha velha conhecida e chegar lá não dá trabalho algum. Então vocês podem perguntar: E na Canção Nova? Como você conseguiu achar o povo no meio da multidão? Com aquelas camisetas "discretas" que eles usavam... foi moleza! A gente via Saquarema ao longe. rs



Uma das coisas mais legais desse PHN foi rever pessoas queridas. Foi uma pena não ter conseguido encontrar Patrícia Mendes (Que saudade sinto dela!), mas foi uma felicidade gigante rever a Luana (minha amiga querida que é pré-discípula, mora em Cachoeira Paulista, eu não via há uns 6 meses). Tão bom o anjinho da guarda dela ter nos ajudado. É! Porque no meio de tanta gente, só com ajuda do céu mesmo. hihihi

Enfim... Foi tudo uma maravilha e o que a gente trouxe de volta para o Rio foi o gostinho de quero mais. Quero mais PHN. Quero mais viagem. Quero mais amigos de longe por perto. Quero mais sentir o amor de Deus nas pessoas e em meu coração.

Só que o evento não dura para sempre e tudo que a gente deixou em casa continuou nos aguardando para a volta. Os parentes, os amigos, os problemas e o cotidiano. A diferença? Estamos revigorados de fortalecidos para enfrentar tudo com mais coragem.

Que Deus continue encontrando espaço no coração de cada jovem PHN e que eu consiga dar conta de tudo que preciso fazer com fé, coragem e perseverança.

E que o próximo PHN seja ainda mais cheio e melhor que este!! =)


quinta-feira, 22 de julho de 2010

PHN 2010 chegandoooo

Pois é, pessoal... Eu me contive um bocado esse ano! Cheguei a achar que não estava no clima, que talvez nem ia conseguir estar lá dessa vez. Não sei explicar, mas não estava muito no esquema, sabe? Quase não fui. Acontece que quando Deus quer e a gente deixa, as coisas seguem seus rumos e eu fui deixando elas seguirem. Perdi a vaga no ônibus de Saquá porque demorei muito para me decidir se ia ou não. Tantas incertezas se descortinaram na minha frente... Até que surgiu a oportunidade! Mudei de caravana, mas estou a caminho do, já tradicional, PHN.

2010 será minha 4º vez no acampamento para jovens PHN. Como já disse, demorei para entrar no clima, mas agora que está chegando a hora, que vamos partir para Cachoeira Paulista amanhã, que a mala já está pronta, que tudo começa a tomar forma... Ai! Vai dando uma empolgação! Sério! Não vejo a hora de chegar logo, rever a chácara, encontrar amigos que moram lá... Nossa! Se Deus quiser vai ser maravilhoso!!!

E essa euforia toda que me invade precisava explodir de alguma forma, como está explodindo agora na tela do computador. Voltarei depois para contar como foi tudo. Por hora, deixarei vocês com fotos das edições anteriores.

2007
 



2008



2009




Não deixem de rezar por nós!! Quando voltar venho aqui novamente para contar como foi. E para quem tem a TV Canção Nova em casa, pode tentar procurar a gente lá. hehe

Para ver a programação do PHN 2010, clique AQUI

Té mais pessoal!!!! =)

sábado, 10 de julho de 2010

Vida na Urbe

Esta semana saí do confinamento (e olha que não sou Big Brother - rs). Quando você trabalha no Fundão tende a se sentir assim, como num confinamento (ainda mais se você passa o dia inteiro no setor e seu prédio fica lá no final da Ilha, longe de tudo e de todos). Mas na última quinta-feira foi diferente, fiz uma coisa que não costumo (mas deveria) fazer. Saí com a equipe para uma gravação na Escola de Música. Foi maravilhoso. Resolvemos ousar um pouco nas imagens e o resultado final ficou bacana, vejam: Revista Brasileira de Múscia

Só que não foi apenas o bom trabalho que me levou a escrever este post. Com o término da gravação, continuei na cidade, tinha umas coisas a resolver por lá. Pode parecer estranho, mas me senti tão feliz por caminhar naquelas ruas agitadas e barulhentas. Não sei! A vida urbana, as pessoas, os prédios, a efervescência... às vezes sinto falta disso tudo. Lojas, restaurantes, serviços, carros, corre-corre, caos... coisas que a gente odeia, mas quando fica muito tempo sem sente uma falta absurda. O consumo, muitas vezes odiado, é necessário e nada melhor do que o centro da cidade para consumir no melhor estilo: pagando beeem pouquinho. hehehe

 Na verdade acho que uma das coisas que mais me alegrou nessa caminhada pelo centro foi poder contemplar os prédios. Sim! Contemplar. Quando a gente passa em frente todos os dias, aquilo fica tão entranhado no nosso cotidiano que nem conseguimos perceber a beleza da arquiterura que a cidade tem.

São tantos prédios lindos, antigos e modernos. Cada um mais lindo que o outro, imponentes e delicados, alguns conservados outros nem tanto. E belos! Verdadeiras obras de arte, desde os grandes monumentos antigos, como a Biblioteca Nacional, o Museu de Belas Artes e o meu querido Theatro Municipal (que finalmente pude ver de perto depois da reforma. Só agora! Acreditam? Acho que, no fundo, ele foi o verdadeiro responsável por este post. rsrs), até os prédios mais modernos e estilosos (gigantes, espelhados, cheios de novidades, capazes de nos causar vertigem, como vemos na genial foto abaixo). 

 

Caminhei pelo centro, resolvi em poucos minutos o que precisava resolver e ainda cheguei em casa rapidinho (achei estranho porque era quase a hora do rush, mas um pouco mais cedo. Talvez tenha sido isso). Sempre gostei da tranquilidade que cidades menores nos oferecem (não é atoa que amo Saquarema) e isso não muda, mas uma coisa eu nunca neguei... Gosto do centro da cidade! Estudei lá por um ano e adorava! Morar não me atrai nem um pouco. A urbe me agrada por um tempo, me agrada muito. Entretanto o sossego, silêncio e natureza me encantam também. Melhor seria poder conciliar os dois!

domingo, 13 de junho de 2010

Não há limite, não existe fronteira

Resolvi reciclar outro post do meu antigo blog restrito. Dessa vez é sobre um vídeo que assisti em uma aula da Pós, ainda no comecinho, uma das poucas grandes alegrias que tive lá, um exemplo que mostra como não existem fronteiras para a música. É um vídeo lindo de uma apresentação em praça pública que me emocionou muito.

Hoje, volta e meia, lembro daquele vídeo. E muito por causa das aulas de Comunicação e Cultura Popular. Sempre que falamos em hibridização, cultura erudita, popular, de massa e todas as outras categorias que são englobadas em aula, lembro do vídeo. Acho que ele representa bem alguns desses conceitos. É um exemplo claro e lindo de como a música é uma das linguagens artísticas que mais dialogam com as pessoas, que mais capacidade tem de permear os espaços mais diferentes e os estilos mais diversos. Talvez eu veja assim porque realmente é minha área preferida, mas vamos combinar... que é encantador, isso é!! =)

Na época, dia 30/06/2008,  escrevi assim:

"Coloco aki p/ tds os meus poucos leitores uma prova de algo que venho aprendendo na Pós...

A Música é de todos e para todos!!! Não existem fronteiras para essa arte. Ela fala mais que todas as palavras e expressa sentimentos melhor que qualquer imagem.

Assistam e dps me contem o que acharam..."

Deixo aqui o vídeo para que vocês possam ver e partilhar o que acharam (está em inglês, mas  vão notar que isso não atrapalha em nada):

"Swinging Bach - 2000"
- Live Concert from the Market square in Leipzig
Ave Maria de Gounod
Vocal: Bobby McFerrin
Chorus: Audience


segunda-feira, 7 de junho de 2010

Formação

Os amigos mais próximos já estão mais familiarizados com as formações que escolhi, mas como ainda tem muita gente que pergunta e não conhece nem a Produção Cultural nem os Estudos de Mídia, resolvi fazer este post para esclarecer um pouco sobre a formação acadêmica e o mercado de trabalho. Se aceitarem encarar o texto abaixo vão entender um pouco mais sobre o meu universo e também poderão ver como as duas carreiras meio que se completam.

Comecemos por meu primeiro amor... a Produção Cultural:

Sem perder de vista a formação técnica, imprescindível nesta era em que a tecnologia e arte se mesclam, este curso oferece um consistente aparato teórico-crítico para dar respaldo acadêmico a uma profissão consolidada no mercado. O currículo foi construído de modo a fornecer uma perspectiva interdisciplinar da Cultura e da Arte, oferecendo conhecimentos básicos dos vários meios de expressão artísticos com os quais o produtor cultural irá lidar, além de instrumentalizá-lo em planejamento e administração cultural. O curso estrutura-se em 3 blocos: Teorias da Arte e da Cultura, Fundamentos dos Meios de Expressão e Planejamento Cultural.

Deste modo, pretendemos formar profissionais que não apenas reproduzam modelos, atendendo às exigências mercadológicas, aos interesses hegemônicos da indústria cultural, mas capazes de iniciativas, desenvolvendo projetos que valorizem a diversidade sociocultural. Formar produtores conscientes, com uma nova visão da cultura, valorizando-a em seu potencial transformador, associando-a à educação, visando a construir uma sociedade melhor.
 
A área de atuação do Produtor Cultural é muito ampla. Em linhas gerais este profissional se encaminhará para a criação, estruturação e organização de projetos e produtos artístico-culturais, lidando com todas as etapas implicadas nesse processo. O curso formará profissionais habilitados para atuar em: Centros Culturais, Fundações, Institutos, Museus, Teatros, Galerias de Arte, Cinemas, Bibliotecas, Escolas, Universidades, Órgãos Oficiais de Cultura (municipais, estaduais ou federais), Organizações Não Governamentais (ONG's), Indústrias Cinematográfica e Fonográfica, Empresas de Televisão e Rádio, Setores de Marketing Cultural, Empresas de Produção Artística e Escritórios de Direitos Autorais.
 
 
Sim! Sou Bacharel em Produção Cultural (Curso reconhecido pelo MEC - Portaria nº 2.244, de 15 de outubro de 2001)
 
E depois de ProCult, me encantei por outra formação também muito interessante, com um forte viés teórico-reflexivo, mas que não deixa a prática de lado. Falo do curso de Estudos de Mídia que vocês poderão conhecer abaixo:
 
O curso de Estudos de Mídia tem como objetivo principal proporcionar ao aluno fundamentos analíticos sólidos acerca dos meios de comunicação, tendo em vista diferentes aspectos, tais como: a dimensão institucional/organizacional dos meios de comunicação; seu contexto cultural e histórico; as diferentes linguagens midiáticas; os seus fundamentos tecnológicos; problemas de natureza ética relacionados ao modo de inserção dos meios de comunicação na vida social.
 
O bacharel em Estudos de Mídia estará apto para atuar, junto a empresas e outras instituições, como analista e consultor de mídia. Caberá a este profissional diagnosticar problemas ou limites relativos aos meios de comunicação, tendo em vista aspectos organizacionais, tecnológicos e de linguagem, bem como analisar seu impacto sobre a sociedade.
 
 
Para aqueles que se interessaram, vale a pena conhecer melhor o que essa galera vem aprontando por aí e vocês podem fazer isso com as dicas a seguir:
 
- http://www.uff.br/procult (Site de ProCult - Não é maravilhoso, mas é o que temos. Qualquer dia desses fazem um novo)

- http://monografiasprocult.wordpress.com/ (Blog onde estão concentradas em PDF algumas monografias defendidas pelos alunos de ProCult. Amei a iniciativa! É uma forma inteligente de fazer a informação circular já que temos trabalhos muito bons que podem ser referências para outras pessoas)
 
- http://www.uff.br/ecmidia (Site de Estudos de Mídia - Também não está perfeito, mas merece atenção mesmo assim)
 
- http://www.uff.br/portalmidia (Portal de Estudos de Mídia - Meu preferido. De lá vocês podem linkar para várias coisas legais que a galera foi criando no decorrer do curso)
 
- http://www.clipestesia.com.br/ (Clipestesia - O lugar para quem gosta de Clipes. Tem tudooo! Vale a pena conferir. Resultado de um projeto que nasceu nas aulas de Linguagem de Videoclipe em Estudos de Mídia e só fez crescer. Conta com a participação da galera de ProCult tb. Orgulho!! =D)
 
 
É isso thurma! Para quem não conhecia espero que tenha ajudado a entender melhor que sou louca, mas nem tanto. rsrs

sábado, 29 de maio de 2010

Ele está de volta

Nem sei direito como começar este post. Foi um longo tempo de espera... Até que ontem chegou o grande dia. Vocês podem me achar louca, mas quando se sente o que sinto não tem muito o que explicar. É um amor que não sei direito de onde vem, um facínio sem sentido aparente, uma espécie de paixão. Sei lá! Parece até que estou falando de uma pessoa, não é? Só que não estou.

Minha paixão, o dono de todo esse amor é o Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Uma casa tão especial quanto bela. Um templo, um patrimônio da nossa cidade e do nosso país. Grandioso, imponente e ao mesmo tempo delicado.

Lembro-me claramente da primeira vez que pus meus pés lá dentro. Sempre tive grande admiração por aquele lugar, mas assim como muitos cariocas (infelizmente), junto com a admiração havia um distanciamento. Achava que aquele lugar não era para mim. Entrar no Municipal era um sonho que eu pretendia realizar algum dia, num tempo que parecia muito distante. Acontece que um dia esse momento chegou.


Eu sabia que era aniversário do Theatro e que havia uma programação especial para esta data. Estava na Cinelândia naquele dia, não fui lá só para isso, mas já estava em meus planos chegar lá perto, tentar saber de alguma coisa. Conforme ia me aproximando o som crescia de volume e eu era envolvida pelo que ouvia. Era a Banda dos Fuzileiros Navais que tocava no foyer, abrindo o dia de comemorações. Qual não foi minha surpresa quando a então presidente convidou o público a ganhar o interior do Theatro e aproveitar o espetáculo que se iniciaria em seguida. "Como assim? É isso mesmo? Ela disse para entrarmos, assim, simplesmente entrarmos?" Quase não acreditei. Não sabia bem que caminho tomar e resolvi subir as escadas que estavam a minha frente. Meu coração começou a bater mais forte a cada degrau. Quando finalmente me vi no interior do Balcão Nobre, de frente para o palco, corri meu olhar por todo o ambiente como que tentando capturar na memória cada detalhe de tamanha beleza. Dos lustres ao carpete, tudo me encantou tanto que os olhos ficaram rasos d'água. Me controlei, mas não há como negar o tamanho da emoção que senti. Era tudo lindo demais.



Depois daquele dia passei a ter uma relação cada vez mais "próxima" com o Theatro. Assisti apresentações, fiz trabalho acadêmico sobre ele e tornei-me frequentadora assídua das comemorações de aniversário seguintes, sempre sonhando com o centenário e me preparando para este dia.

Enfim 14/07/2009 chegou e eu tive que me contentar com um centenário diferente do sonhado. Casa fechada por causa da reforma que ainda não tinha sido concluída e comemoração na rua. Uma pena! A vantagem foi dar mais acesso ao público que lotou a Cinelândia, mas não caberia dentro do Theatro. E eu, que agora já trabalhava, só pude chegar na última apresentação, a qual, como não sou VIP, tive que assistir em pé, sem poder entrar na platéia montada na praça, pois a última apresentação era apenas para convidados. Conseguir um programa da apresentação parecia difícil, mas não foi. Infelizmente boa parte das pessoas que estavam lá dentro não valorizou o material e deixou jogado por todos os cantos.


Passados alguns meses do centenário, mais precisamente ontem (27/05/2010), o Theatro teve novo momento marcante: sua reabertura. Com a conclusão atrasada das obras de reforma e restauro este momento que deveria ter acontecido naquela data, com uma celebração mais que grandiosa, foi reduzido a matérias na imprensa e apresentação exclusiva para convidados. A alegria de ver imagens do Theatro restaurado, dos douramentos, das descobertas que estavam escondidas embaixo de camadas e mais camadas de tinta, se mistura à tristeza de não ter podido participar da festa, de ver apenas por fotos e vídeos o que aconteceu lá, de notar que uma parte da reforma (que não tem sido noticiada) descaracterizou certos espaços, de me sentir novamente distanciada de uma casa que me habituei a chamar carinhosamente de "Meu Theatro".

O que me consola diante disso é saber que posso continuar amando-o do mesmo jeito, sentir que mais cedo ou mais tarde hei de pisar naquela platéia novamente (tomara que seja mais cedo, o quanto antes), ter a certeza que os corpos artísticos continuam trabalhando firme e os funcionários em geral (que ficam atrás das cortinas e fazem tudo, mas ninguém vê) também.


Desejo ao meu Theatro Municipal do Rio de Janeiro muitos e muitos 100 anos mais. Que seu público e seus administradores saibam amar e cuidar dele como merece, ou seja, com zêlo, carinho e dedicação. E que, desta forma, ele possa voltar de fato ao povo, sem o qual espetáculo nenhum que se realize lá tem sentido.

Foto: Fernando Souza
Para encerrar esse post gigante (se é que alguém teve paciência de chegar até aqui) queria partilhar uma outra lembrança feliz. Ao vasculhar a memória para escrever esse post, recordei-me que naquele meu 1º dia no Municipal tive a alegria de ver Ana Botafogo no palco e na saída do Theatro. Ela me encantou tanto com sua doçura ao receber um grupo de crianças lá atrás, que na época escrevi uma carta contando aquele dia e tudo mais. Imaginem qual não foi minha surpresa quando, passado algum tempo do envio, chega em minha casa uma resposta escrita por ela. É... Bateu uma saudaaaade agora! Da cartinha, daquele tempo que eu tinha mais tempo... Assim que chegar no Rio vou correndo pegar p/ ler novamente e viajar no tempo. Quem sabe não escrevo para ela outra vez?