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sábado, 9 de março de 2013

Uma caixa chamada JMJ


Mais um post. É! Acho que reanimei. hehe
Dessa vez é para contar uma história muito legal, que aconteceu já faz um tempo...
Ano passado estive em Portugal com meus pais. Foi a primeira vez que regressaram ao país onde nasceram, depois de mais de 50 anos morando no Brasil. Sem sombra de dúvida foi “a viagem das nossas vidas”! Acho difícil fazermos outra viagem como aquela. Ainda que voltemos lá, não será igual. Foi o primeiro reencontro com um passado muito distante. Conhecemos parentes, revivemos histórias. Eu então, nem se fala. Viajei num passado que nem era exatamente meu, mas que chegou a mim “por tabela”. As histórias, os causos, os lugares, as paisagens, tudo remetia a uma vida que eu não vivi, porém me sentia como se tivesse vivido. Aliás, na verdade, estava vivendo naquele momento. Inesquecível!
Lá pelos últimos dias, quando já estávamos prestes a regressar, fomos uma segunda vez a Santo Tirso (terra de minha mãe). Visitamos a cidade com mais calma e fomos conhecer o interior do mosteiro, lugar que minha mãe lembrava-se de ir quando criança. Lá dentro, entre fotos e observações, vimos um senhor abrir a sacristia para mostrar umas obras de arte que estavam lá dentro, mas outra coisa tomou toda a minha atenção: uma caixa chamada JMJ.
Quase saltei de alegria ao ver a caixinha com a logo da JMJ Rio. Era um cofre para as pessoas fazerem doações e ajudarem os jovens da paróquia local a virem para a JMJ. Foi a única ação mais efetiva que vi acerca da JMJ durante a viagem.
Não me contive! Eu precisava estabelecer algum contato. Escrevi um bilhete e coloquei na caixa. Lá estava escrito que eu era do Brasil, tinha família em Portugal e estava aguardando a Jornada, dentre outras coisas. Coloquei também meu email, caso quisessem fazer contato.
Muitos dias se passaram sem que nada tivesse chegado até meu email. Voltei para o Brasil e já tinha até desistido de receber alguma coisa, quando um dia abro minha caixa de entrada e me deparo com uma mensagem cujo assunto era “Uma caixa chamada JMJ”. Cheguei a pensar que era alguma ação promocional do COL ou coisa assim e abri o email. Quando comecei a ler, qual não foi minha surpresa. Era sobre o meu bilhete. O cofre tinha sido aberto e meu bilhete encontrado. Felicidade grande! Mas não acabou ali.
Respondi o email contando mais um pouco da minha história e da história da minha família, falando dos lugarejos onde minha mãe morou. Passado um tempo, recebi outro email, agora de uma menina dizendo que tinha família num desses lugarejos e perguntando se minha mãe não conheceria o avô dela, porque ele era o único padeiro do lugar. No mesmo momento respondi, porque a minha bisavó era a única padeira dali. Eu brincava com ela dizendo que era capaz de sermos primas. Ao falar para minha mãe o nome do avô dela a resposta imediata foi “É meu tio”. Quando ela respondeu meu email colocou os nomes da minha bisavó (que também é dela) e da minha avó. Sim! Nós somos primas. Não somos primas diretas, mas somos primas!
Foi uma pena que eu já estivesse de volta ao Brasil e nós não nos conhecêssemos antes. Teria sido muito legal conhecê-la pessoalmente lá. Ainda bem que a ação da JMJ não parou por aí. Continuamos mantendo contato e em julho ela vem ao Rio para a JMJ. Mal posso esperar para nos conhecermos pessoalmente.
E foi assim que, graças a “uma caixa chamada JMJ”, eu encontrei uma parte da minha família que não conhecia, nem tinha contato. Mais um pedacinho da minha história veio ao meu encontro. Bendita JMJ que agrega jovens, povos e famílias! =)

segunda-feira, 4 de março de 2013

É bom...


É bom regressar!
É bom rever o povo, as crianças e o meu lugar!
É bom ganhar abraços apertados de saudade, sorrisos de carinho e palavras de afeto!
É bom sentir o cheiro do mar e ouvir o som da brisa balançando as árvores!
É bom estar aqui e sentir mais uma vez que esse é o meu lugar, que eu posso ir para longe ou mesmo ficar distante (ainda que estando perto), mas sempre volto e sempre me reencontro aqui, no alto daquela colina, dentro daquela casa que a todos acolhe.
Enfim... É bom o que sinto aqui e agora!


(Sábado, 02/03/2013)