Esta semana saí do confinamento (e olha que não sou Big Brother - rs). Quando você trabalha no Fundão tende a se sentir assim, como num confinamento (ainda mais se você passa o dia inteiro no setor e seu prédio fica lá no final da Ilha, longe de tudo e de todos). Mas na última quinta-feira foi diferente, fiz uma coisa que não costumo (mas deveria) fazer. Saí com a equipe para uma gravação na Escola de Música. Foi maravilhoso. Resolvemos ousar um pouco nas imagens e o resultado final ficou bacana, vejam: Revista Brasileira de Múscia
Só que não foi apenas o bom trabalho que me levou a escrever este post. Com o término da gravação, continuei na cidade, tinha umas coisas a resolver por lá. Pode parecer estranho, mas me senti tão feliz por caminhar naquelas ruas agitadas e barulhentas. Não sei! A vida urbana, as pessoas, os prédios, a efervescência... às vezes sinto falta disso tudo. Lojas, restaurantes, serviços, carros, corre-corre, caos... coisas que a gente odeia, mas quando fica muito tempo sem sente uma falta absurda. O consumo, muitas vezes odiado, é necessário e nada melhor do que o centro da cidade para consumir no melhor estilo: pagando beeem pouquinho. hehehe
Foto: rbpdesigner
Na verdade acho que uma das coisas que mais me alegrou nessa caminhada pelo centro foi poder contemplar os prédios. Sim! Contemplar. Quando a gente passa em frente todos os dias, aquilo fica tão entranhado no nosso cotidiano que nem conseguimos perceber a beleza da arquiterura que a cidade tem.
São tantos prédios lindos, antigos e modernos. Cada um mais lindo que o outro, imponentes e delicados, alguns conservados outros nem tanto. E belos! Verdadeiras obras de arte, desde os grandes monumentos antigos, como a Biblioteca Nacional, o Museu de Belas Artes e o meu querido Theatro Municipal (que finalmente pude ver de perto depois da reforma. Só agora! Acreditam? Acho que, no fundo, ele foi o verdadeiro responsável por este post. rsrs), até os prédios mais modernos e estilosos (gigantes, espelhados, cheios de novidades, capazes de nos causar vertigem, como vemos na genial foto abaixo).
Foto: rbpdesigner
Caminhei pelo centro, resolvi em poucos minutos o que precisava resolver e ainda cheguei em casa rapidinho (achei estranho porque era quase a hora do rush, mas um pouco mais cedo. Talvez tenha sido isso). Sempre gostei da tranquilidade que cidades menores nos oferecem (não é atoa que amo Saquarema) e isso não muda, mas uma coisa eu nunca neguei... Gosto do centro da cidade! Estudei lá por um ano e adorava! Morar não me atrai nem um pouco. A urbe me agrada por um tempo, me agrada muito. Entretanto o sossego, silêncio e natureza me encantam também. Melhor seria poder conciliar os dois!
3 comentários:
Meninaaaaaaaaaa
Parabéns pelo texto. Amei.
Eu também adoro "comtemplar" o centro da cidade. Geralmente faço isso em feriados e finais de semana - só assim se pode ver a imensidão das avenidas, a imponência dos edifícios...
O Municipal é capítulo a parte. Há sacralidade em sua delicada robustez. Ele não faz parte do centro da cidade. Ele é um universo. É uma entidade. Indescritível.
Confesso que meu maior sonho é viver em uma cabana no meio do nada, no alto de uma serra ou numa ilha isolada de tudo... mas enlouqueceria pela falta que faz todo o "frenesi" do centro da cidade. Com todas as suas buzinas, gritos de camelôs, criança chorando pelo brinquedo da vitrine (e mãe estressada), mulher admirando a jóia da loja para comprar uma imitação na SAARA, o maluco, no Largo da Carioca, erguendo a Bíblia e berrando que o fim dos tempos se aproxima, o exército de panfleteiros nos empurrando uma "grande oportunidade" e... gente, muita gente correndo por/para sabe-se lá o que ou vagando à procura exatamente desse porquê... simplemente gente. Parecem formigas, quando olho do último andar do Edifício Avenida Central - sim, costumo subir só para ficar olhando o movimento lá em baixo. Mas são gente. Somos nós.
Nossos pés são parte dessa complexa arquitetura.
Beijão.
Sempre que vou ao centro me sinto igual vc falou aí no texto. E o final, vc concluiu perfeitamente e se encaixa total no que eu penso tb.
"A urbe me agrada por um tempo, me agrada muito [acrescentaria um ', por um tempo']. Entretanto o sossego, silêncio e natureza me encantam também."
Quando cheguei ao Rio, rompendo com toda a calma e silêncio de Cabo Frio, o centro do Rio me encantava de uma tal forma que nem sei! Pessoas pra lá e pra cá, modernidade e antiguidade, todo o caos que de repente fazia um sentido enorme pra mim. E eu, que pra ir para a faculdade tinha que pegar as barcas, aproveitava uma tarde ou outra pra poder ir descobrindo os cantos do local.
Agora, depois um período difícil vivenciado nesta região, o encanto diminuiu um pouco. O caos hoje é sinônimo de angústia. Mas para que tudo isso não perca seu encanto totalmente, to meio afastada no momento.
Mas certamente, é um lugar encantador!
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