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sábado, 10 de julho de 2010

Vida na Urbe

Esta semana saí do confinamento (e olha que não sou Big Brother - rs). Quando você trabalha no Fundão tende a se sentir assim, como num confinamento (ainda mais se você passa o dia inteiro no setor e seu prédio fica lá no final da Ilha, longe de tudo e de todos). Mas na última quinta-feira foi diferente, fiz uma coisa que não costumo (mas deveria) fazer. Saí com a equipe para uma gravação na Escola de Música. Foi maravilhoso. Resolvemos ousar um pouco nas imagens e o resultado final ficou bacana, vejam: Revista Brasileira de Múscia

Só que não foi apenas o bom trabalho que me levou a escrever este post. Com o término da gravação, continuei na cidade, tinha umas coisas a resolver por lá. Pode parecer estranho, mas me senti tão feliz por caminhar naquelas ruas agitadas e barulhentas. Não sei! A vida urbana, as pessoas, os prédios, a efervescência... às vezes sinto falta disso tudo. Lojas, restaurantes, serviços, carros, corre-corre, caos... coisas que a gente odeia, mas quando fica muito tempo sem sente uma falta absurda. O consumo, muitas vezes odiado, é necessário e nada melhor do que o centro da cidade para consumir no melhor estilo: pagando beeem pouquinho. hehehe

 Na verdade acho que uma das coisas que mais me alegrou nessa caminhada pelo centro foi poder contemplar os prédios. Sim! Contemplar. Quando a gente passa em frente todos os dias, aquilo fica tão entranhado no nosso cotidiano que nem conseguimos perceber a beleza da arquiterura que a cidade tem.

São tantos prédios lindos, antigos e modernos. Cada um mais lindo que o outro, imponentes e delicados, alguns conservados outros nem tanto. E belos! Verdadeiras obras de arte, desde os grandes monumentos antigos, como a Biblioteca Nacional, o Museu de Belas Artes e o meu querido Theatro Municipal (que finalmente pude ver de perto depois da reforma. Só agora! Acreditam? Acho que, no fundo, ele foi o verdadeiro responsável por este post. rsrs), até os prédios mais modernos e estilosos (gigantes, espelhados, cheios de novidades, capazes de nos causar vertigem, como vemos na genial foto abaixo). 

 

Caminhei pelo centro, resolvi em poucos minutos o que precisava resolver e ainda cheguei em casa rapidinho (achei estranho porque era quase a hora do rush, mas um pouco mais cedo. Talvez tenha sido isso). Sempre gostei da tranquilidade que cidades menores nos oferecem (não é atoa que amo Saquarema) e isso não muda, mas uma coisa eu nunca neguei... Gosto do centro da cidade! Estudei lá por um ano e adorava! Morar não me atrai nem um pouco. A urbe me agrada por um tempo, me agrada muito. Entretanto o sossego, silêncio e natureza me encantam também. Melhor seria poder conciliar os dois!

3 comentários:

Ricardo Franco disse...

Meninaaaaaaaaaa
Parabéns pelo texto. Amei.
Eu também adoro "comtemplar" o centro da cidade. Geralmente faço isso em feriados e finais de semana - só assim se pode ver a imensidão das avenidas, a imponência dos edifícios...
O Municipal é capítulo a parte. Há sacralidade em sua delicada robustez. Ele não faz parte do centro da cidade. Ele é um universo. É uma entidade. Indescritível.
Confesso que meu maior sonho é viver em uma cabana no meio do nada, no alto de uma serra ou numa ilha isolada de tudo... mas enlouqueceria pela falta que faz todo o "frenesi" do centro da cidade. Com todas as suas buzinas, gritos de camelôs, criança chorando pelo brinquedo da vitrine (e mãe estressada), mulher admirando a jóia da loja para comprar uma imitação na SAARA, o maluco, no Largo da Carioca, erguendo a Bíblia e berrando que o fim dos tempos se aproxima, o exército de panfleteiros nos empurrando uma "grande oportunidade" e... gente, muita gente correndo por/para sabe-se lá o que ou vagando à procura exatamente desse porquê... simplemente gente. Parecem formigas, quando olho do último andar do Edifício Avenida Central - sim, costumo subir só para ficar olhando o movimento lá em baixo. Mas são gente. Somos nós.
Nossos pés são parte dessa complexa arquitetura.

Beijão.

Diego Dacal disse...

Sempre que vou ao centro me sinto igual vc falou aí no texto. E o final, vc concluiu perfeitamente e se encaixa total no que eu penso tb.

"A urbe me agrada por um tempo, me agrada muito [acrescentaria um ', por um tempo']. Entretanto o sossego, silêncio e natureza me encantam também."

. carolina . disse...

Quando cheguei ao Rio, rompendo com toda a calma e silêncio de Cabo Frio, o centro do Rio me encantava de uma tal forma que nem sei! Pessoas pra lá e pra cá, modernidade e antiguidade, todo o caos que de repente fazia um sentido enorme pra mim. E eu, que pra ir para a faculdade tinha que pegar as barcas, aproveitava uma tarde ou outra pra poder ir descobrindo os cantos do local.

Agora, depois um período difícil vivenciado nesta região, o encanto diminuiu um pouco. O caos hoje é sinônimo de angústia. Mas para que tudo isso não perca seu encanto totalmente, to meio afastada no momento.

Mas certamente, é um lugar encantador!

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