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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

No jardim...


Já faz um bom tempo que não passo aqui. Vida corrida. Não vinha sobrando tempo. E, honestamente, quase esqueci desse meu cantinho.

Mas hoje duas coisas me trouxeram de volta. Uma saudade e um novo passo.

A saudade tem nome e se chama Ana do Bar Encontro. As recordações não vieram de forma... como dizer?... legais. Fui ao cemitério Jardim da Saudade hoje, para levar meu abraço a uma pessoa que se despedia de alguém especial. Antes mesmo de ir lembrei da vez anterior em que estive lá. Foi para me despedir da Ana. Ao entrar fui recordando de cada momento daquele dia, das pessoas, dos acontecimentos. Lembrei que não queria entrar na capela e quebrei a cara quando o corpo foi transladado para fora (porque haveria missa de corpo presente e tinha tanta gente lá que a capela não comportava). Lembrei de como foi bonito ver a beleza da amizade refletida nos olhares de tanta gente que parecia não querer acreditar no que acontecia. Lembrei que, naquele dia, pude contemplar o que significa marcar a vida de quem cruza o nosso caminho para sempre. E que é só isso que a gente leva quando se vai e deixa de verdade aos que ficam. Lembrei, por fim, que Deus foi muito bom comigo quando me permitiu conhecer uma pessoa tão especial, aprender tanto de forma tão simples e descobrir como a vida deve ser desejada, vivida e aproveitada.

Em pouco tempo fui muito marcada pela Ana, presenteada com ternas e engraçadas recordações, de alguém que me mostrou com a própria vida como faz diferença crer e confiar em Deus. Foi uma grande honra conhecê-la e uma alegria tremenda cada minuto que passei perto dela. Sua imagem sempre vem à minha mente quando vejo corujas no morro da Matriz, quando pego um jacaré na praia de Saquarema ou quando falo sobre uma casa cheia e muitos colchonetes no chão.

Com o exemplo de vida da Ana e todas essas lembranças retornei ao trabalho e precisava decidir dar um passo meio diferente. Pensei mais um pouco, avaliei e, mesmo com um pouco de insegurança, decidi dar asas ao meu coração e me jogar.

Queria fazer um "curso" que seria diferente de tudo que já fiz. Relutei comigo mesma. Minha racionalidade disse não, ponderou tempo, outros compromissos etc, mas meu desejo não diminuiu. Pelo contrário, cresceu (mesmo que acompanhado de certo medinho. rs) após uma conversa com alguém que já fez e muito me incentivou. Decidi me lançar. Escolhi não cortar minhas asas dessa vez. Vou voar!

Ao preencher a inscrição me deparei com o campo "site/blog" que não era de preenchimento obrigatório. Aí lembrei desse meu cantinho aqui e dos outros cantinhos que tenho no blogger (Bora viajar, povo! e Vitrola e mais). Fazia muito tempo... Vim olhar e bateu vontade de retomar. Mais um recomeço? Só o tempo vai dizer...