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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Eu creio!

Quem convive comigo pessoalmente ou em outros espacinhos aqui da internet deve ter percebido que eu ando meio diferente. Tive um final de semana mais que abençoado e meu coração está transbordando tudo que experimentei nesses dias. Desde quarta-feira tenho vivido momentos especiais que me permitem compreender como, após uma fase de aridez, Deus nos ajuda a voltar a sentir o coração arder. Aprendi que Ele ouve nossas orações e, se pedimos a graça de voltar aos seus braços, Ele nos capacita para a conversão. Vejo como Ele molda nosso ser, até mesmo (e talvez mais ainda) pelo sofrimento. Descobri que Ele nunca nos abandona, especialmente nos tempos difíceis, de provação, de vazio espiritual. Mesmo quando passamos um tempo meio distante, um tanto longe, ELE continua ao nosso lado, ainda que não percebamos.

Foi isso que pude experimentar. De sábado para domingo passei a noite em vigília, adorando Jesus Sacramentado. Na tarde de domingo participei do encontro vicarial dos jovens, cujo momento mais marcante foi a adoração. É tão lindo ver como a presença de Jesus no Santíssimo Sacramento toca nossos corações! Eu precisava daqueles momentos, lembro dos jovens que estavam lá e tenho certeza que eles também precisavam do encontro que tiveram c/ Jesus VIVO na hóstia consagrada.



Sim! VIVO! É o próprio Cristo presente naquele pequeno pedaço de pão. Uma das coisas que marcaram nesses momentos que vivi, foi a repetição dessa temática. Tanto durante a Vigília, quanto na adoração de domingo à tarde, duas pessoas diferentes, que não tinham se visto, que não estiveram juntas nos dois lugares, falaram sobre a mesma coisa. Durante a partilha na madrugada de domingo, um dos temas foi a dúvida acerca desta verdade de fé, e mais tarde, durante a adorção no evento, o padre também tocou nesse assunto. Sinceramente, acredito que era o próprio Cristo tentando alertar para este fato. Ele se faz presente em corpo e sangue no nosso meio, embora muitos não acreditem, embora pensemos (por muitas vezes, e não me excluo) se isso seria realmente possível.


Aí, você pode perguntar... Ora, mas como ela pode ter tanta certeza disso? E eu vou te responder... Está na Bíblia, é promessa de Jesus para nós: "Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim." (Lc 22, 19)e ainda "Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo." (Mt 28, 20). Mas se, mesmo assim, isto não for suficiente, vou me apropriar de uma fala que faz parte de um filme (Um Amor pra Recordar) e exprime bem como posso ter essa certeza... Diz mais ou menos assim "é como o vento, a gente não vê, mas a gente sente".

Quando Jesus Sacramentado é exposto para ser adorado, a gente sente a sua presença. E eu me recordo de outra citação, o trecho de uma música da Juliana de Paula que diz assim: "Como um Deus tão grande e soberano, se faz pequeno pedaço de pão? Só por amor!". Enfim, é esse amor que eu sinto e que eu vi todos aqueles jovens sentirem. É esse amor que quero levar aos jovens com os quais convivo na minha paróquia e na minha vida em geral. Quero ser espelho de Deus e fazer sua vontade. Meu coração está voltado para Ele e é muito bom estar assim! Não preciso de fórmulas ou definições, porque para sentir a presença de Deus só é preciso uma coisa "algo que chamam FÉ e que não tem nem sentido, mas é sentido bem" (Maninho).

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Chuvas + alagamento = mosquitos

Sei que já se passaram semanas da chuvarada no Rio de Janeiro, mas este post é para falar que, assim como muitos outros, eu, minha família e vizinhos de Saquarema, ainda estamos sofrendo com os desdobramentos da tal chuvarada. A cidade foi muito afetada e, com o transbordamento da lagoa, seguido da maré alta, tivemos um alagamento como poucas vezes aconteceu. Disseram os antigos que aguaceiro como esse só se viu há cerca de 40/50 anos atrás.

A coisa foi feia. Até parte do cemitério desabou, como muitos de vocês devem ter ouvido falar. E nós, aqui em casa, também fomos afetados consideravelmente. Nosso quintal ficou completamente embaixo d'água. Por apenas 4 dedos ela não invadiu nossa varanda (e olha que a casa é alta). Nossos cachorros ficaram ilhados e se subisse mais seria o interior da casa que sofreria.

Graças a Deus, não tivemos a triste visão da água atingindo nossos móveis, como aconteceu com algumas pessoas que conheço, mas o transtorno foi considerável. A gente não podia fazer comida e entrar em casa era uma aventura, tendo que passar por essa passarela improvisada.

Na semana seguinte, a quantidade de água tinha diminuído um bocado e pudemos baixar a passarela, que continuou sendo necessária. Continuamos vivendo diante de uma água em processo de putrefação. Minha mãe entrou em crise alérgica e eu não paro de coçar o nariz. É tanta humidade. Perfeito para complicar a vida de quem, como nós, é propenso à doenças respiratórias.

A prefeitura de Saquarema nada fez. Isso me revolta tanto. Não estão nem aí para a cidade. Começaram uma obra eleitoreira de asfaltamento do bairro. Não fizeram um planejamento decente. É tudo às pressas, está mal feita que só. Subiram as ruas para terem menos trabalho e como resultado tivemos nossas casas alagadas. Sistema de drenagem: boca de lobo. O qual nem foi instalado ainda, mas que já sabemos não dará conta do volume de água caso a chuva seja só um pouco mais intensa.

Meu pai vem medindo e constatou que o aguaceiro desce apenas 4 cm por dia e, assim, já se vão semanas e nosso quintal continua alagado. O problema maior agora nem é mais ao acesso à nossa casa, e sim o enorme transtorno que afeta todos da vizinhança e todos da cidade. Com tanta água empoçada por todo canto, quem vocês acham que mais está aproveitando isso tudo? Sim, eles... os MOSQUITOS. Pensem nos tamanhos dos quintais, pensem nas ruas alagadas. Saquarema virou um criadouro de mosquitos. Está impossível ficar fora de casa à noite. Até mesmo na Vila (centro da cidade), que costumava ser menos afetada por esses bichinhos, eles estão vorazes e em grande quantidade. A população não tem para onde fugir.

E a prefeitura? Vai bem obrigada! Nada faz! Já está se preparando para continuar sua obrinha eleitoreira nas ruas do bairro que já estão secas, enquanto os quintais continuam alagados, os mosquitos continuam atacando (e se reproduzindo) e a água continua apodrecendo. Resta-nos agora contar com a natureza que, em sua sabedoria, ao mesmo tempo que possibilita a reprodução dos mosquitos, também nos fornece seus predadores naturais, os Girinos (que logo serão sapos, pererecas e rãs, rã rã, rã rã, rã - rs).



Gente, não estou aqui diminuindo o sofrimento daqueles que perderam casa e família com estas chuvas. Agradeço à Deus por não ter sido tão afetada e me solidarizo com eles. Entretanto não acho que deva me conformar com o descaso que tenho assistido na minha porta. Por isso resolvi manifestar aqui o meu descontentamento com o que temos vivido em Saquá. Nada foi feito para acabar com estes alagamentos na cidade e nada está sendo feito para combater os mosquitos. Espero de coração que essa quantidade enorme de vetores não venha a proporcionar um grande surto de DENGUE.

E sonho também com o dia em que verei governantes realmente preocupados com a população, tomando atitude, e não deixando-nos apenas nas mãos da Natureza (que mesmo com tantos obstáculos ainda insiste em nos dar novas chances após seus momentos de ira).

Acorda mundo! Ela está avisando, está dando sinais do que vamos colher se continuarmos plantando o descaso com ela. Ou a gente toma jeito logo, ou não quero estar aqui para ver o que pode acontecer conosco.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

É bom encontrar gente legal

É... amanhã, quinta-feira no meio de dois feriados... Vocês devem pensar: "Funcionário público, e de instituição de ensino... claro que não trabalha!". Pois estão enganados! Eu, e todos da CoordCOM UFRJ vamos trabalhar sim. E como mamãe diz: "Manda quem pode, obedece quem tem juízo." rs

Como estou em Saquá, tenho que voltar amanhã para trabalhar e regresso no fim do dia (quisera fazer isso sempre!). Fui correndinho comprar minha passagem, aos 45 o 2º tempo. Acho q fui a última, mas comprei.

Na volta, resolvi passar na Capela de S. João, onde minha paróquia está vivendo o Cerco de Jericó. Que grata surpresa quando cheguei lá! O celebrante da missa era Pe. Cadu. A bênção do Ssmo. foi linda! E poder encontrar com essa figura maravilhosa também foi uma grande alegria. Durante a conversa ele contou sobre alguns projetos bem legais que está afim de realizar. Que Deus dê forças e acolha as orações! Tem tudo para darem muito certo. =)

Ah... Ele também falou de seu blog, que eu corri para dar uma olhada assim que cheguei em casa. Assim como o meu, ainda está começando, mas sei que vem muita coisa boa por aí. Se vocês quiserem ver também, chama-se Sinal de Redenção. Visitem clicando no nome aqui mesmo, vendo minhas Dicas de Blog (num dos menus) ou digitando a URL: http://padrecadu.wordpress.com/

Sobre o Cerco de Jericó, estou combinando com alguns amigos para ver se viramos uma noite na Capela. Pode parecer loucura, mas acreditem, é MUITO BOM!!!

Espero voltar logo! Ainda quero postar sobre as chuvas e a grande piscina em que se transformou meu quintal aqui em Saquá.

"Mediante o estudo dos livros procura-se Deus; na meditação encontra-se." (Padre Pio de Pietrelcina)

sábado, 17 de abril de 2010

Pra Começar... (Abertura do blog e um pouco de Economia da Cultura)

Estou de fato impressionada! Outro dia, ainda nessa semana que está acabando, eu pensei... "Vou criar um blog!... Não, isso não combina comigo. Escrever e deixar que qualquer pessoa leia? Não! É exposição demais. Não saberia o que colocar ali. Acho que nunca terei um blog!"... E agora aqui estou. Menos de uma semana e eu crio um. Já sei! Coisa de maluco, né? Então, prazer! Você está (e espero que continue) lendo as loucuras de uma maluquinha que pretende (Quando sobrar um tempo...) dividir um pouco do que vê, aprende e pensa.

Para começar, vamos falar um pouco sobre Economia da Cultura (tema da pesquisa que realizei hoje pela manhã para um trabalho da pós e razão dessa "loucura" de blog ter começado).

Geralmente esse tema é tratado quase que como tabu por muitas pessoas da área. Numa visão que considero completamente errada, há quem considere a economia quase que como uma inimiga da cultura. Esquecem que toda a atividade cultural tende a ser também uma atividade econômica. Mesmo aquelas em que isso não fica muito claro. O movimento financeiro que gira em torno dessas atividades é um fluxo contínuo que movimenta toda uma cadeia (formal e informal) referente à cada atividade. Quem ganha (ou perde) com as produções culturais não são apenas artistas e produtores, porque em volta deles estarão sempre um sem fim de outros profissionais (muitas vezes inimagináveis).

Ver a Economia da Cultura interligada à Política Cultural é um passo fundamental para o desenvolvimento do setor. Atualmente a economia da cultura vem ganhando espaço entre os estudos na área, segundo pesquisa feita pelo IBGE (em parceria com o Minc) "as 320 mil empresas do setor geram 1,6 milhão de empregos formais e representam 5,7% das empresas do país". Estes dados estão disponíveis em artigo publicado pela Folha de S. Paulo e também no site do Minc, onde encontramos ainda outros indicadores relevantes:

"A economia da cultura, que envolve produção, circulação e consumo de produtos e serviços culturais, já responde por 7% do PIB mundial. Os produtos culturais são o principal item da pauta de exportações dos Estados Unidos e representam 8% do PIB da Inglaterra. O setor vem ganhando atenção."

Precisamos, nós também, dar cada vez mais atenção à esta atividade econômica e eu farei minha parte aproveitando que comecei a pensar e escrever aqui, para mudar a linguagem, torná-la mais formal e cair dentro do trabalho que preciso terminar urgentemente sobre esse assunto.

Mas antes, deixo aqui alguns links interessantes que andei pesquisando para fazer o trabalho:

- Minc (Página sobre Economia da Cultura no site do Ministério da Cultura)
- Garimpo (Site da Ana Paula Fonseca Reis, especialista em Economia da Cultura)
- Cultura em Pauta (Blog sobre cultura. No link, um Podcast com Ana Carla Fonseca Reis. Vale a pena!)
- Observatório do Direito à Comunicação (Entrevista com Sérgio Sá Leitão)
- Economia da Cultura (Blog da Oficina Virtual de Economia da Cultura e Diversidade organizada pelo Ministério da Cultura do Brasil e preparatória para o Seminário Internacional da Diversidade Cultural)


E para terminar, quero deixar aqui minha homenagem ao meu querido GJAC, o Grupo Jovem Amigos de Cristo, que completou ontem 22 anos de caminhada na fé. Que Deus abençoe cada um dos jovens que caminham (ou caminharam) nesse grupo. Amo mto!!