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terça-feira, 10 de maio de 2011

Manuscrito - um jeito todo seu

"Dias iguais / Azuis, vermelhos / Frios / dias sem paz / De espera..."

Sim! Foram muitos dias de espera até que chegasse 07/05/2011 e eu pudesse presenciar momentos mágicos e inesquecíveis. Deixei de ir para Saquarema porque tinha um compromisso muito importante no Rio, que eu já havia assumido meses antes. Estar dentro do Vivo Rio naquele dia e ver a Sandy no palco certamente seria especial, mas não podia imaginar o quanto. Tive uma semana tensa, internamente tensa. Foram dias de preocupação, dúvidas, incertezas...

Já no momento em que encontrei minhas amigas tudo foi ficando suave e divertido. As conversas renderam boas risadas e troca de novidades. Mas não parou por aí. No momento em que as cortinas se abriram e tudo começou, saí do mundo pesado em que me encontrava e me permiti voar leve e alto. Curti aquele show de uma forma tão diferente!!! Até agora não sei se foi ela ou eu. Algo foi muito transformador.

A primeira diferença estava no público. Ao que tudo indica ele está, finalmente, amadurecendo e nem por isso ficou menos apaixonado. Os fãs cantaram todas as músicas como sempre, mas finalmente sumiram os gritos histéricos, o "afobamento" e a falta de educação que costumavam acontecer nos tempos da dupla Sandy & Junior. Tirando o avanço final para a beira do palco, que não chegou a me irritar, o show inteiro foi bem tranquilo e absurdamente LINDO!

Sandy, definitivamente, está muito mais solta no palco. Cada vez mais segura, a cantora demonstra domínio sobre todo o show, entrosamento com os músicos, cumplicidade com a platéia e muito (muito) prazer em seu trabalho. Não me cansarei nunca de dizer que foi muuuito melhor que o da Turnê Manuscrito 2010 no Rio (estive nele também - 12/12/2010). E isso não quer dizer que o show do ano passado não tenha sido bom. Foi e muito! Mas neste ela conseguiu se superar.

Preciso destacar além da presença de palco, aquele que deve ter sido o momento mais emocionante do show. Quando Sandy não consegue conter as lágrimas e terminar uma estrofe da música "Dias Iguais". Fico tentando imaginar o que se passava na cabeça dela neste momento. Foi emocionante para todos que estavam lá. A platéia não fez por menos, cantou a estrofe ainda mais forte e aplaudiu de pé. É uma música que exige um bocado da voz e ela estava executando lindamente, assim como todas as outras músicas. Talvez tenha sido esse o motivo da emoção, ou mesmo a letra que falava de espera, ou ainda a participação especial (em vídeo) de Nerina Pallot (cantora estrangeira que Sandy admira e aceitou o dueto com uma música composta pela brasileira), apenas ela sabe dizer o que causou tamanha emoção, mas uma coisa é certa: todos se emocionaram com ela e continuam revivendo a emoção através dos vídeos que registraram o momento e podem ser vistos na internet, como o que posto abaixo:


Aproveito o vídeo para destacar também o cuidado com a produção deste show. Cenário, projeções e iluminação eram lindíssimos. Talvez por estar melhor localizada na platéia (eu estava sentada em uma mesa central e não muito longe do palco) tive a oportunidade de observar melhor esses detalhes. Destaco, mais uma vez a iluminação! Estava muito bem elaborada. As cores, os movimentos, os jogos de luz. Tudo belo! Ponto também para as projeções, com destaque para o clipe da música "Ela/Ele" e para as projeções das câmeras que filmavam os instrumentos de perto, especialmente a do teclado que nos permitia ver as mãos da cantora-pianista. =)



Sobre a setlist, vale comentar a ótima escolha de manter focada no álbum Manuscrito com algumas canções de outros artistas e uma breve memória aos tempos da dupla com Junior. Ótimas escolhas que caíram fácil no gosto do público. Afinal, se a proposta é trabalhar uma via mais autoral, estruturar uma identidade diferente da que existe, formar uma nova imagem... Nada melhor do que começar deixando essas mudanças bem claras. Na minha opinião eles conseguiram.

Apenas uma coisa me causou, digamos, uma certa angústia... Sandy passou boa parte do show preocupada com o retorno. Por diversas vezes levou as mãos aos ouvidos para ajustar o aparelhinho ou sinalizar que algo não estava como queria. Quem conhece um pouco a artista sabe que uma de suas características mais marcantes é o perfeccionismo. Tenho observado que ultimamente a preocupação com o retorno tem sido constante. Nas últimas entrevistas e apresentações que vi pude perceber as várias vezes que leva a mão ao ouvido e constantemente se ocupa do aparelhinho. Entendo sua preocupação em ouvir o que está cantando e ter certeza que sua voz está saindo como deve, porém é preciso ter cuidado para que isso não se torne uma mania, um "tique nervoso".

Para minha alegria acredito que terei uma nova oportunidade de reparar nesses e em outros detalhes. Já garanti meus ingressos para o especial "Childhood" no Theatro Municipal do Rio de Janeiro que contará com diversos artistas, dentre eles, segundo soube, a Sandy. Entrar naquele que gosto de chamar de "meu" Theatro já é motivo suficiente para ir e com as pessoas que vão se apresentar lá, então, mais ainda. Vamos ver quantas vezes nossa amiga vai checar o retorno. rsrs

E não posso terminar este post gigante (rs) sem fazer apenas mais uma consideração: é maldade ainda estigmatizarem a Sandy. Não estou falando de quem não gosta do som que ela faz. Cada um tem seu gosto e, até aí, tudo bem. Mas insistirem em diminuir a qualidade do que ela faz é uma grande injustiça. Capacidade vocal ela tem, e muita, isso já está mais do que provado. É o seu tipo de música e tem demonstrado capacidade para seguir sua carreira pelos caminhos que acredita serem melhores. Acho triste perceber o preconceito que ainda existe sobre a imagem que foi criada em torno dela. Se surgisse agora, com o som que faz, com a produção que tem e tudo mais, certamente seria vista com melhores olhos por muitos que insistem em criticá-la.

Estas foram as minhas impressões sobre uma noite de sábado, um show, um momento eternizado em minha memória, nas fotos que tirei e na "virada" que deu em minha semana. Não vejo a hora de viver aquela sensação novamente (se é que ela já saiu de mim, porque não consigo parar de reviver aquela alegria).

terça-feira, 3 de maio de 2011

Santo Súbito

Tudo bem! Concordo que sou um tanto suspeita para falar, mas não tem como ignorar o que o coração grita alto.


No último domingo (01/05/2011) aconteceu a beatificação do Papa João Paulo II e, é claro, que eu não poderia deixar algo tão especial passar em branco. Infelizmente não consegui assistir a cerimônia na TV, mas isso não diminui o carinho e a admiração que tenho por esse homem. Sim! TENHO! Porque ele continua sendo um exemplo de vida para mim.

O que mais toca meu coração quando penso em João Paulo II é a forma como soube se aproximar das pessoas, o carinho com que conduziu seu pontificado, o amor pelo próximo. Fico imaginando como deve ser difícil assumir as responsabilidades que este "cargo" reserva e tremo só de pensar na quantidade de cobranças e pressões que a pessoa deve sofrer. Ele se torna referência para o mundo e tudo que faz e fala é julgado pelos homens.

Alguns, até hoje, insistem na idéia de tentar destruir a imagem dele. Chamam de conservador, dizem que fez a Igreja retroceder... Devem estar cegos! Como uma pessoa que vai ao mundo pode trazer retrocesso? Como o Papa que ficou conhecido por "Papa da Paz", "João de Deus", "Peregrino do Amor" e outros tantos nomes que demonstravam carinho por ele e por seu trabalho, pode ser tomado desta forma? Definitivamente me recuso a concordar. Continuo nutrindo por ele um carinho todo especial e tendo ele como exemplo de vida.

Para mim é lindo pensar que tive a alegria de viver seu pontificado. Quando lembro que estive no Aterro do Flamengo em 1997 e assisti uma Missa celebrada por ele, quando penso nas ruas que o levaram até o Maracanã e me dou conta de que ainda hoje, também eu, passo por aquelas ruas de vez em quando... Nossa! Pensar que ele viu as mesmas imagens que eu, ainda que de ângulo diferente, me enche de alegria.



João Paulo II não agradou o mundo inteiro, mas soube seguir os ensinamentos de Jesus. Levou o amor por todos os cantos da Terra e cativou corações. Soube conquistar, de forma especial, o carinho da juventude e criou com os jovens uma relação de afeto jamais vista anteriormente.

E para completar a minha alegria, em agosto, se Deus quiser, estarei na JMJ 2011 (Jornada Mundial da Juventude, criada em 1985 pelo Papa João Paulo II para estar com os jovens do mundo todo). Será a 2ª sem #JPII, mas a primeira com ele beatificado. Tenho certeza de que falaremos muito nele e será inesquecível.


Não canso de repetir AMO o Beato João Paulo II com todo o meu coração!!!! E mal posso esperar pelo dia de sua santificação. =)

E para expressar um pouco meu sentimento, aproveito a ocasião e venho partilhar uma música feita em sua homenagem, que na minha opinião é a que melhor representa a pessoa de João Paulo II. Prestem atenção e meditem esta letra:


Peregrino do Amor
Composição: Dalvimar Gallo

Quanto já me emocionei ao ouvir a tua voz
Quanto já chorei ao ler o que escreveu a nós
Pregou com tua vida e fez a igreja assim crescer
O mundo deu perseguições e Deus te deu consolações
O teu amor embriagou o mundo
Que fez a tantos jovens mergulharem mais fundo

És o Peregrino do Amor
Buscou os jovens com tanto ardor
Ninguem jamais andou por tantas terras
Nem levou a paz a tantas guerras
Tentaram até calar a tua voz
Em troca revelou o Céu a nós
Um Mendigo do meu Senhor
Por isso eu te sigo
Peregrino do Amor

Olhando tua agonia só posso imaginar
Que a própria Virgem Maria veio te buscar
E com os anjos te levou ao mais lindo lugar
E todos os Santos lá estavam a te esperar
Foi por ter buscado a tantos jovens
Em tua páscoa a juventude veio a ti


Tão grande era a força do teu bem
Que até os maus vieram e te buscaram também
És o Peregrino do Amor
Buscou os jovens com tanto ardor
De tuas fraquezas não nos fez segredo
E deu a ordem pra não termos medo
A fé não está no corpo que se inclina
Mas está na alma do que crê
Eu creio que és o nosso intercessor
Por isso eu te sigo
Peregrino do Amor