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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Tecnologicamente falando

Para algumas pessoas esse post é figurinha repetida. Os dois ou três leitores que me acompanhavam no MSN MySpace (meu antigo blog restrito p/ convidados) e quem navegava pelo blog Além Disso (de Tecnologias da Comunicação - Estudos de Mídia UFF) pelos idos de 2008 já deve ter visto o texto que vou compartilhar com vocês agora.

Quando o tempo é escasso, a gente apela para as divagações antigas. hehe

Espero que gostem!!!

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13/12/2008 – Sábado

8:20h

Essa eu tinha que colocar aqui! Sinto-me como que tele transportada diretamente de um filme de ficção. Não aqueles do tipo Jornada nas Estrelas, não! Mas daqueles mais comuns e urbanos.

Peguei o metrô, como de costume, no sentido centro, fiz a transferência de linha e consegui sentar. Quando de repente percebo o cara sentado ao meu lado tirar um aparelhinho de dentro da mochila. Era um “MP qualquer coisa” provavelmente, parecia um Game Boy superdotado (Nossa! Game Boy. Há quanto tempo não ouço falar disso. Será que ainda existe? rs) Claro que estiquei os olhos para tentar saber o que ele fazia com aquilo. E consegui! Era House. O carinha tava vendo House dentro do metrô. Fones no ouvido e série no ar. Claro que tomaram minha mente, no mesmo instante, as aulas do Afonso, Flora + Kléber e as conversas recentes que tive com meus estagiários lá do trabalho.

Essas coisas de séries e download, a experiência televisiva que já não é mais a mesma, as novas tecnologias da comunicação... Uma série de novidades com as quais ainda estou aprendendo a conviver e passo a entender melhor.

Como se isso já não fosse o bastante, olho para frente e o moço de olhinho puxado que estava de pé diante de mim saca do bolso um baita palmtop, com uma tela de tamanho considerável. Pude perceber que dava para ver um filme (ou série) nele também. A partir deste momento abri o plano de visão e observei o vagão inteiro. Toda hora tinha alguém mexendo ou pegando na bolsa um aparelhinho: telefones celulares, MP3, MP4, ipod...

Que mundo é esse, minha gente? Daqui a pouco vamos todos andar com mini-notebooks e essas pequenas maravilhas não terão mais lugar específico para aparecer. Eu, como boa medrosa que sou, continuarei escondendo os poucos brinquedinhos que tenho e mantendo bravamente meu celularzinho sem câmera, sem MP3, sem Bluetooth, sem downloads... (pelo menos até ele desfalecer ou ser arrancado de mim. Sei lá! Cidade violenta. Por isso não invisto!)

E vocês podem estar pensando que estes sujeitos eram pessoas engravatadas, de terno etc. Errado! Estavam no melhor estilo calças jeans (surradas) e camisetas pólo (com direito a furinho embaixo do braço, no caso do carinha do palm. rsrs)

Mas pensam que acabou por aí? Vivemos num mundo super, ultra hi-tech e ponto. Não! Afinal, parecia estar em um filme de ficção só que não estava, né?! Mais ao lado, meus olhos se detiveram em outro passageiro... Um senhor folheava papéis. Cópias de algo que havia sido escrito a mão. E mais adiante uma pessoa fazia palavras cruzadas. Não é o fim! Prova de que um suporte novo pode chegar e ganhar muito espaço, mas os bons e velhos suportes de antigamente continuam permanecendo atuais.

E voltam as aulas do Afonso... Mediação, Remediação, Hipermediação até dentro do metrô. Claro! Informações distintas, de todos os tipos, sendo transmitidas das mais diversas formas. Corporeidade sem troca real e uma virtualização constante através das tecnologias da comunicação, desde as mais novas até as mais antigas.

A saída do vagão, na estação Carioca ainda manteve um ar de ficção científica urbana, pessoas saindo do metrô, passando pela roleta e subindo pela escada rolante. Luz do dia com céu nublado e chuvoso. É! Não era um filme. Meu sábado segue normal.

1 comentários:

. carolina . disse...

Essas tecnologias me assustam também... a questão do seriado então! Na época em que tinha tv por assinatura, tinha aquela rotina de, por exemplo, toda quinta à noite às 8h assistir uma série na Warner. Quando acabava a temporada, via tudo de novo... e aí o negócio era esperar o outro ano para novos capítulos. Mas existia a rotina semanal, que até achava gostosa. Agora não, todo tempo é tempo de se ver séries. E todo lugar! E se você começa a ver lá pela 5ª temporada, é só baixar tudo e fazer uma maratona... seja pelo computador ou celular.

Acho muito engraçado tudo isso... mas ao mesmo tempo, acho bom, porque isso é na verdade ver a sociedade se transformando diante de nossos olhos! Antigamente as coisas eram tão lentas, né? De geração pra geração algo mudava.

Mas às vezes assusta... hehe.

Beijoos!

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