Mais um post. É! Acho que
reanimei. hehe
Dessa vez é para contar uma
história muito legal, que aconteceu já faz um tempo...
Ano passado estive em Portugal
com meus pais. Foi a primeira vez que regressaram ao país onde nasceram, depois
de mais de 50 anos morando no Brasil. Sem sombra de dúvida foi “a viagem das
nossas vidas”! Acho difícil fazermos outra viagem como aquela. Ainda que
voltemos lá, não será igual. Foi o primeiro reencontro com um passado muito
distante. Conhecemos parentes, revivemos histórias. Eu então, nem se fala.
Viajei num passado que nem era exatamente meu, mas que chegou a mim “por tabela”.
As histórias, os causos, os lugares, as paisagens, tudo remetia a uma vida que
eu não vivi, porém me sentia como se tivesse vivido. Aliás, na verdade, estava
vivendo naquele momento. Inesquecível!
Lá pelos últimos dias, quando já
estávamos prestes a regressar, fomos uma segunda vez a Santo Tirso (terra de
minha mãe). Visitamos a cidade com mais calma e fomos conhecer o interior do
mosteiro, lugar que minha mãe lembrava-se de ir quando criança. Lá dentro,
entre fotos e observações, vimos um senhor abrir a sacristia para mostrar umas obras de arte que estavam lá dentro, mas outra coisa tomou
toda a minha atenção: uma caixa chamada JMJ.
Quase saltei de alegria ao ver a
caixinha com a logo da JMJ Rio. Era um cofre para as pessoas fazerem doações
e ajudarem os jovens da paróquia local a virem para a JMJ. Foi a única ação mais
efetiva que vi acerca da JMJ durante a viagem.
Não me contive! Eu precisava
estabelecer algum contato. Escrevi um bilhete e coloquei na caixa. Lá estava
escrito que eu era do Brasil, tinha família em Portugal e estava aguardando a
Jornada, dentre outras coisas. Coloquei também meu email, caso quisessem fazer
contato.
Muitos dias se passaram sem que
nada tivesse chegado até meu email. Voltei para o Brasil e já tinha até
desistido de receber alguma coisa, quando um dia abro minha caixa de entrada e
me deparo com uma mensagem cujo assunto era “Uma caixa chamada JMJ”. Cheguei a
pensar que era alguma ação promocional do COL ou coisa assim e abri o email.
Quando comecei a ler, qual não foi minha surpresa. Era sobre o meu bilhete. O
cofre tinha sido aberto e meu bilhete encontrado. Felicidade grande! Mas não
acabou ali.
Respondi o email contando mais um
pouco da minha história e da história da minha família, falando dos lugarejos
onde minha mãe morou. Passado um tempo, recebi outro email, agora de uma menina
dizendo que tinha família num desses lugarejos e perguntando se minha mãe não
conheceria o avô dela, porque ele era o único padeiro do lugar. No mesmo momento
respondi, porque a minha bisavó era a única padeira dali. Eu brincava com ela
dizendo que era capaz de sermos primas. Ao falar para minha mãe o nome do avô
dela a resposta imediata foi “É meu tio”. Quando ela respondeu meu email colocou
os nomes da minha bisavó (que também é dela) e da minha avó. Sim! Nós somos
primas. Não somos primas diretas, mas somos primas!
Foi uma pena que eu já estivesse
de volta ao Brasil e nós não nos conhecêssemos antes. Teria sido muito legal
conhecê-la pessoalmente lá. Ainda bem que a ação da JMJ não parou por aí. Continuamos mantendo contato e em
julho ela vem ao Rio para a JMJ. Mal posso esperar para nos conhecermos
pessoalmente.
E foi assim que, graças a “uma
caixa chamada JMJ”, eu encontrei uma parte da minha família que não conhecia,
nem tinha contato. Mais um pedacinho da minha história veio ao meu encontro.
Bendita JMJ que agrega jovens, povos e famílias! =)